Eduardo Bolsonaro quer criar grupo parlamentar com uma ditadura árabe
Proposta tem apoio de bolsonaristas, de líderes da base do governo e até do PSDB na Câmara, que defende a urgência desse pedido
atualizado
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O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) quer levar para dentro do Congresso Nacional a relação e admiração do governo de seu pai por países árabes de pouco apreço pela democracia e pelas liberdades individuais. Eduardo propôs a criação do grupo parlamentar Brasil-Bahrein.
No mês passado, Bolsonaro inaugurou a instalação da embaixada brasileira naquele país. O Bahrein é um país controlado por uma família, não tem eleição para qualquer cargo de executivo e um monarca escolhe o primeiro-ministro e os outros integrantes do governo.
Não há liberdade de imprensa, jornais livres e as emissoras de TV são do Estado.
Eduardo Bolsonaro foi o primeiro parlamentar brasileiro a fazer uma visita oficial ao país, em 2018.
Um grupo parlamentar como esse que está sendo criado tem o papel de aproximar as relações bilaterais entre os dois países.
O deputado quer urgência na criação desse grupo e obteve assinaturas de colegas bolsonaristas na Câmara e de líderes de alguns partidos da base, mas chama a atenção a adesão do líder do PSDB, Rodrigo Castro (MG).
Em live recente ao lado de Bolsonaro, Eduardo defendeu o Bahrein e outros países árabes de pouco respeito à democracia, como Emirados Árabes e Catar, e afimou se tratar de monarquias que sinalizam para um processo de abertura.
“Fato que não ocorre em Cuba e Venezuela, por exemplo”.