Exclusivo: diretor da Esint deve assumir diretoria adjunta da Abin
Marco Cepik tem boa relação com o governo e é considerado o “melhor nome” para substituição; Ricardo Cappelli também é lembrado
atualizado
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Antes que a crise se instale no governo federal por causa da Operação Primeira Milha, o presidente Lula (PT) decidiu demitir o nº 2 da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alessandro Moretti. Ele é atualmente o diretor adjunto da agência e vai cair por possível conluio entre os investigados pela Polícia Federal (PF) e a atual diretoria da Abin.
Para o seu lugar, Lula avalia o nome do professor e cientista político Marco Cepik, atualmente diretor da Escola de Inteligência da Abin. Segundo fontes do Palácio do Planalto, Cepik pode até mesmo assumir a diretoria geral da agência, caso o atual chefe, Luiz Fernando Correia, caia.
A possibilidade de Correia cair, no entanto, é incerta nos corredores da Presidência. Lula não quer mudar o comando da agência e toda a sua diretoria de uma só vez para não demonstrar um “sangramento” do governo.
Uma ala minoritária do governo defende o nome de Ricardo Cappelli para o cargo. Ele foi interventor da Segurança Pública do Distrito Federal e ministro interino do GSI (Gabinete de Segurança Institucional). Atualmente, está “desempregado”.
Tanto Correia como Moretti estão sendo mal-vistos no governo por serem suspeitos de tentar atrapalhar as investigações sobre espionagem ilegal comandadas por Alexandre Ramagem (PL-RJ), atual deputado federal e ex-diretor-geral do órgão.
É bom lembrar que Ramagem foi alvo de ação de busca e apreensão da PF. Em suas posses estavam computadores e celular que ainda pertenciam à Abin, mesmo mais de um ano fora do cargo.