Deputados e senadores querem saber quem foi investigado pela Abin
Mais de 1500 pessoas podem ter sido espionadas; congressistas cobram posição do presidente do Congresso; oposição fala em “perseguição”
atualizado
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Deputados e senadores foram ontem (25/01) ao presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cobrar uma posição do Congresso Nacional sobre a notícia de que autoridades foram espionadas pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Entre os alvos conhecidos, o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (PSDB), e os ministros do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.
Congressistas querem que o Congresso, enquanto instituição, entre com um pedido de publicização da lista de potenciais alvos do esquema ilegal de espionagem. O temor é que senadores e deputados estejam nesta lista.
Na quinta-feira (25), o grupo Prerrogativas, composto por advogados progressistas, protocolou um pedido semelhante no STF. Segundo apurações da PF (Polícia Federal), mais de 1500 pessoas podem ter sido grampeadas pela Abin sob Jair Bolsonaro (PL).
Apesar da cobrança por uma parte do Congresso, a outra, de oposição, quer respaldo do presidente do Congresso contra as operações. Sob a imagem de Valdemar Costa Neto, exigiu que Pacheco tome providências contra o STF e a PF depois da busca e apreensão no gabinete de Alexandre Ramagem (PL-RJ).
O presidente nacional do PL disse que “está claro que mais essa operação da PF contra o deputado Alexandre Ramagem é uma perseguição por causa do Bolsonaro”. “Esse negócio de ficar entrando nos gabinetes é uma falta de autoridade do Congresso Nacional. Rodrigo Pacheco deveria reagir e tomar providências”, escreveu Valdemar no X.
Em réplica, Pacheco disse que Valdemar não é capaz de organizar a oposição. “Difícil manter algum tipo de diálogo com quem faz da política um exercício único para ampliar e obter ganhos com o fundo eleitoral e não é capaz de organizar minimamente a oposição para aprovar sequer a limitação de decisões monocráticas do STF”, disse Pacheco também no X