Um deputado que está muito magoado e ressentido com as pesquisas eleitorais irá relatar o projeto que pune e criminaliza esses institutos. 

O bolsonarista Paulo Eduardo Martins (PL-PR) foi o escolhido. Ele saiu derrotado nas eleições deste ano e terminou em segundo lugar na disputa para o Senado no Paraná.

Martins foi derrotado por Sergio Moro (União-PR). Alvaro Dias (Podemos-PR) ficou em terceiro lugar.

O deputado é revoltado com os institutos porque, na véspera, as pesquisas o apontavam como terceiro colocado na disputa, com apenas 14%. Ele terminou em segundo, com 29,12%. Moro obteve 33,5%. Segundo o Ipec, o ex-juiz teria 35%, mas ficaria atrás de Dias, que foi apontado o vencedor pelo instituto, com 41%. Apuradas as urnas, o candidato do Podemos chegou em terceiro, com 23,9%.

Nas suas redes sociais, Martins esbravejou contra os institutos, com palavrões, após a apuração:

“Apontaram-me com 14% das intenções, mas eu recebi 29% dos votos. Quantos deixaram de votar em mim por conta da baixa expectativa apresentada pelo maior grupo de comunicação do país?” – postou Martins, se referindo à Rede Globo, parceira do Ipec nesses levantamentos.

E defendeu a instalação de uma CPI.

“Não sou de pedir essas coisas, mas será que você poderiam me ajudar a levantar a hashtag #CPIDasPesquisas hoje? Isso não pode ficar assim”

Martins é um seguidor fiel de Bolsonaro. Ele presidiu a comissão especial do voto impresso na Câmara, cujo parecer favorável foi derrotado nesse colegiado.