Deputado denunciado pela PGR esteve no palanque com Bolsonaro em março
João Carlos Bacelar (PL-BA) no palco entre o presidente e o general Heleno, que já cantou “se gritar pega Centrão, não fica um meu irmão”
atualizado
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Denunciado pela Procuradoria-Geral da República ao STF por supostos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro nesta sexta-feira, o deputado João Carlos Bacelar (PL-BA) não é um estranho do Palácio do Planalto. Ao contrário.
Bacelar, acusado de ter recebido R$ 400 mil em propina, dividia o palanque com o presidente Jair Bolsonaro treze dias atrás, num evento do Partido Liberal, partido do presidente. O deputado, no palco, estava entre Bolsonaro e o ministro general Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), como mostra a foto destacada acima.
Heleno ganhou o noticiário em julho de 2018 ao dizer em discurso que “se gritar pega Centrão, não fica um meu irmão”. Foi na convenção que lançou Bolsonaro candidato a presidente, no Rio. Bacelar é do PL, uma das principais bases do Centrão.
Bacelar foi denunciado pela PGR, que o acusa de ter recebido esses R$ 400 mil de propina para atuar em benefício do grupo Odebrecht no Congresso. Essa fato teria ocorrido entre 2010 e 2014.
“A defesa confia que a inepta peça acusatória será rejeitada pelo Supremo Tribunal Federal, tendo em vista que não houve prática de qualquer delito pelo Deputado João Carlos Paolilo Bacelar Filho, que sempre pautou sua vida pública pela ética e probidade”, diz o advogado.