Deputada pede que governo distribua repelentes contra a dengue
Brasil já tem 364 mil casos prováveis da doença e 40 mortes confirmadas
atualizado
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A deputada Sâmia Bomfim (PSol-SP) protocolou nesta terça-feira (06/02) um pedido ao Ministério da Saúde para que o governo faça a distribuição de repelentes contra o mosquito da dengue nas regiões onde a epidemia saiu do controle.
A medida já foi tomada em 2018, quando o Brasil passou por uma situação parecida com casos de zika em todos os Estados e o Distrito Federal. O governo tem, portanto, experiência na oferta do material.
Ao blog, Sâmia disse que a medida emergencial é mais acessível para o governo Lula (PT) do que a vacina, que tem público alvo limitado, e custa até R$ 450 por dose na rede privada.
“Existe uma epidemia de dengue em diversas regiões do país, e por enquanto só há vacinação privada e a vacina fornecida pelo SUS, que atinge um público muito restrito. Grupos muito vulneráveis podem estar suscetíveis a uma doença que pode ser muito grave”, afirmou Sâmia.
No requerimento, a deputada escreve que a adoção de medidas preventivas em quaisquer searas epidêmicas pode “representar um investimento estratégico de baixo custo em comparação aos custos associados ao tratamento de casos graves de dengue no SUS”.
Hoje, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, prepara um pronunciamento em rede de rádio e TV para apelar para os cuidados e prevenção contra a dengue.
O Brasil já tem 364.855 casos prováveis da doença. No mesmo período, em 2023, eram apenas 92 mil. O país também registrou 36 mortes até a segunda-feira (05).
No Distrito Federal, a situação saiu tanto do controle que o governo teve que instalar um hospital de campanha em Ceilândia. A região conta com a maior incidência da doença no país, com 1.100 casos para cada 100 mil habitantes.