Debilidade da “terceira via” pode decidir eleição no primeiro turno
Sem votos e ímpeto competitivo, oponentes de Lula e Bolsonaro não deslancham e dão sinais de desistência e fraqueza
atualizado
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O fiasco da tal “terceira via” pode levar a eleição a se definir no primeiro turno. Distantes de Lula e Bolsonaro, esses candidatos, inserido Ciro Gomes (PDT), não deslancham, não se entendem e, o principal, não empolgam quase ninguém.
A tendência é que a disputa se afunile mais ainda entre os dois líderes da pesquisa e a eleição possa ser decidida no primeiro turno. Terceiro colocado, Ciro varia entre 6% a 11%. Nas eleições anteriores, alguém nessa posição, terceiro, apresentava desempenho melhor que o pedetista.
O escalão inferior da disputa – João Doria, Simone Tebet, Sergio Moro, Luciano Bivar e André Janones e companhia – não devem nem cumprir tabela. Alguns deles devem desistir, ou serem convencidos a deixar a disputa.
Senão, vejamos: Eduardo Leite desistiu; Moro está a “caminho de”; Doria já anda elogiando Lula; o União Brasil, de Bivar, abandonou o grupo.
Ciro chegou duas vezes em terceiro lugar: em 1998, atingiu 10,9%; em, 2018, obteve 12,47%. Em 2002, ele chegou em quarto, com 11,97%.
Ou seja, nesta eleição, Ciro Gomes pode ter seu pior desempenho numa disputa ao Planalto.
O jogo pode terminar no primeiro turno menos pela virtude de Lula e Bolsonaro e mais pela falta absoluta de competitividade do resto.