Crise por fuga em Mossoró faz Planalto sentir falta de Flávio Dino
Avaliação é que Lewandowski demorou para intervir no presídio federal
atualizado
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Depois que dois integrantes do Comando Vermelho fugiram da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, integrantes do Palácio do Planalto disseram “sentir saudades” do ex-ministro, senador e futuro ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino.
A avaliação é que o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, demorou para intervir no presídio de segurança máxima no norte do país. Só depois de 15h da fuga que o ministro afastou toda a direção da cadeia e nomeou interventor, o policial penal federal Carlos Luis Vieira Pires.
Lewandowski pouco falou sobre o tema. Também não respondeu aos críticos e à oposição, que ameaça uma convocação do ministro para a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados.
Vale destacar que a ala que critica o mais novo ministro de Lula (PT) é a mesma que fazia lobby por Ricardo Cappelli no Ministério da Justiça. Dizem, nos bastidores, que a “habilidade retórica” de Dino fez falta nesta primeira crise.
Entenda a fuga
Essa é a primeira vez que detentos escapam de uma unidade de segurança máxima do sistema penitenciário federal na história. Uma das principais suspeitas é de que os criminosos, identificados como Rogério da Silva Mendonça, 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33, teriam saído pelo teto da cela, por meio de um buraco na parte da placa metálica. Eles também teriam arrancado a fiação responsável pela iluminação das celas.
Conforme a coluna de Guilherme Amado, Nascimento e Mendonça cumpriam pena no Complexo Penitenciário de Rio Branco, no Acre, até setembro de 2023, quando foram transferidos ao presídio federal de Mossoró.
Cerca de 300 agentes, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, e das forças de segurança estaduais atuam na recaptura dos fugitivos. As buscas também contam com o apoio de três helicópteros e drones.