CPMI do 8 de Janeiro estuda denunciar Nunes Marques no CNJ
Ministro do STF impediu que comissão interrogasse a investigada Marília Alencar, ex-diretora de Inteligência do Distrito Federal
atualizado
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A mesa diretora da CPMI do 8 de Janeiro ainda não engoliu muito bem a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Nunes Marques, que autorizou a ausência da ex-diretora de Inteligência do Distrito Federal Marília Alencar à comissão na última terça (12/09). O colegiado estuda denunciar o juiz no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) caso a decisão não seja analisada pelo Plenário do STF.
O presidente da CPMI, Arthur Maia (União Brasil-BA) já acionou a Advocacia do Senado para um recurso no STF. O deputado reclamou da decisão de Nunes Marques, a qual chamou de “obstrução” dos trabalhos do colegiado.
O colegiado ouviria depoimento da ex-diretora de Inteligência do Distrito Federal Marília Alencar, que foi convocada na condição de investigada. Ela é acusada de omissão na condução do combate ao ataque bolsonarista às sedes dos Três Poderes e também é a responsável pelo mapa dos eleitores lulistas no Nordeste entre o 1º e 2º turnos.
O CNJ é responsável por fiscalizar a conduta dos magistrados em todo o país, incluindo os ministros do STF. Caso seja denunciado, o conselho verificará se a decisão de Nunes Marques foi de fato imprópria e decidirá se dá prosseguimento ao processo disciplinar.