CPMI começa com uma divergência entre a relatora e o presidente
Senadora Eliziane Gama e deputado Arthur Maia têm posições distintas sobre intenções dos bolsonaristas golpistas do 8 de janeiro
atualizado
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Com apenas uma reunião realizada até agora, já ficou exposta uma diferença abissal entre a relatora e o presidente da CPMI do 8 de Janeiro, a dos atos golpistas.
O deputado Arthur Maia (União-BA), que presidente a comissão, já declarou algumas vezes que um dos objetivos será investigar se, de fato, aquelas pessoas queriam dar um golpe de estado.
Para a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora, não há sombra de dúvidas sobre esse entendimento.
Maia classificou como “narrativa” chamar a destruição dos principais prédios dos três poderes de tentativa de golpe.
“Temos uma narrativa de que houve golpe de estado. Essa é a primeira de todas as posições que têm que ser discutidas dentro da CPI” – tem dito e repetido Arthur Maia.
“Houve uma tentativa de golpe, mas não conseguiram o golpe” – disse Eliziane Gama, na primeira reunião da CPMI.
A senadora afirmou ainda que a divergência que não há é que todos na comissão, seja base ou oposição, não concordam com a ação criminosa dos bolsonaristas naquele domingo de janeiro.
O PT decidiu uniformizar como se referir aos atos e orientou seus aliados a chamar a comissão de “CPI do Golpe”. Os bolsonaristas preferem mesmo chamá-la de CPI do 8 de Janeiro.