A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) prepara uma nova diligência em propriedade rural ocupada pelos militantes. O grupo deve visitar nos próximos dias os assentamentos Ouricuri I, II e III, na região rural de Atalaia, no Estado de Alagoas.
O requerimento da diligência foi apresentado pelo Deputado Delegado Fábio Costa (PP-AL), que justifica a visita pela avaliação “de funcionamento [da ocupação], a existência de alojamentos, se funcionam em imóvel próprio ou alugado e, caso funcionem em imóvel alugado, que coletem as informações pertinentes ao mesmo”.
Nos assentamentos, a Universidade Federal de Alagoas oferece o curso de agroecologia, em parceria com o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). É esperado que o presidente do instituto em Alagoas seja convidado para participar da diligência.
O presidente do Incra no Estado é César Lira, primo do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O líder do Centrão trabalha para que o parente não seja envolvido, mas integrantes governistas pressionam o presidente da CPI, Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), para convidá-lo.
Deputados da oposição, a maioria da comissão, dizem que “não há motivo” de chamar o primo de Lira.
Salles invade casas
Na primeira diligência da CPI do MST, o relator do colegiado, deputado Ricardo Salles (PL-SP), foi flagrado entrando sem autorização nas casas de militantes da FNL (Frente Nacional de Luta), em São Paulo. As filmagens ocorreram em 29 de maio, durante uma visita de congressistas ao assentamento do Pontal do Paranapanema, no oeste paulista.
Os vídeos mostram Salles violando as residências ao fotografar o interior delas com o celular. O deputado e um dos seus assessores puxam a lona de um dos barracos para espiar o que há dentro.
Um assessor de Salles chega a entrar em uma das casas e fotografar objetos pessoais, mas é retirado por um militante da FNL.
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