CPI das Igrejas faz barulho nas redes, mas não terá futuro em Brasília
Internautas pedem investigação por enriquecimento incomum de pastores evangélicos; deputados falam em perseguição
atualizado
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Logo depois da possibilidade de uma CPI em São Paulo investigar o padre católico Julio Lancellotti, internautas entupiram a internet neste último fim de semana para pedir uma investigação, em Brasília, contra igrejas evangélicas e o enriquecimento supostamente ilícito de seus pastores. Citam Edir Macedo, Silas Malafaia, R.R. Soares e Valdemiro Santiago.
Apesar do barulho nas redes sociais, a CPI não deve sair do campo da imaginação. Segundo congressistas, não há “objeto de investigação”, mesmo que os internautas apontem possíveis crimes. O governo também não vai patrocinar uma CPI que só criaria indisposição com uma ala muito forte do Congresso.
A Frente Evangélica da Câmara já se move para barrar qualquer tipo de avanço contra as igrejas e seus pastores. O presidente do grupo, o deputado Eli Borges (PL-TO), disse que o simples fato de se aventar uma CPI contra os evangélicos demonstra perseguição da esquerda.
Também dificulta a criação dessa CPI a falta de um “pai”. Nenhum deputado quer se colocar como idealizador de uma investigação contra os evangélicos.