Cotado ao Turismo, Celso Sabino ganha resistência dentro do governo

O deputado federal Celso Sabino (União Brasil-PA) é o principal nome nas bolsas de apostas para substituir a ministra do Turismo Daniela Carneiro. A titular segue balançando no cargo, mas tem a palavra de Lula (PT) de que saberá quando –e se– cairá.

Sabino vem fazendo campanha entre os deputados e ministros petistas. Ele tem um importante cabo eleitoral nesta missão, Arthur Lira (PP-AL). E é exatamente por isso que começa a sofrer resistência dentro do governo.

A equipe de Lula entende que colocar um aliado direto de Lira em um cargo ministerial é “perder a queda de braço” com o Centrão. Do ponto de vista prático, entendem que a possível nomeação não trará apoio necessário do União Brasil no Congresso.

Há também o argumento de que Sabino foi líder do governo Bolsonaro (PL) em 2020, quando ainda era do PSDB. O deputado também foi relator da PEC da Impunidade, que determinava que congressistas só poderiam ser presos em flagrante por crimes citados na Constituição Federal, como crimes hediondos, tráfico de drogas e ações com grupos armados. O texto foi apresentado como uma resposta à prisão de Daniel Silveira.

Se sair do Turismo, Daniela vai entrar com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral para sair do União Brasil e ir para o Republicanos sem perder o mandato de deputada federal. Ela e o marido, Waguinho, romperam com o partido ainda no início do ano. O prefeito de Belford Roxo disse ontem (8/6) à CNN que Luciano Bivar, presidente do UB, quer “encher os ministérios de bolsonaristas”.