Convenção de Ciro acontece sob a desconfiança de sua real viabilidade
Pedetista chega à sua quarta disputa ao Planalto cercado de dúvidas e incertezas por todos os lados e sob a sombra do voto útil em Lula
atualizado
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O PDT confirma hoje, em convenção nacional, o nome de Ciro Gomes como seu candidato à Presidência da República. Será o primeiro presidenciável a ser oficialmente consumado.
Ciro chega para sua quarta disputa ao Palácio do Planalto cercado de dúvidas e incertezas por todos os lados. Há até expectativa se a bancada de 19 deputados e 3 senadores comparecerá em peso no ato. Uma ausência já vai gerar burburinho.
Na Câmara, metade da bancada já sinalizou pouca disposição em trabalhar com todo fervor pelo presidenciável.
O pedetista vira presidenciável sob a sombra de Lula. As pesquisas apontam que sem ele na disputa, o petista vence no primeiro turno. E há dados mostrando que potenciais eleitores de Ciro estariam migrando para garantir a vitória de Lula no primeiro turno.
Ciro chega na convenção sem ter seu vice definido. Na convenção de 2018, o nome dele foi consagrado tendo a senadora Kátia Abreu definida como sua companheira de chapa. Agora, não se tem ideia quem ocupará a vaga da parlamentar.
O desempenho de Ciro nas pesquisas é pior que qualquer um dos três resultados que alcançou nas disputas anteriores. O pedetista, nessa pré-campanha, mostrou arredio ao PT e a Lula e fechou as portas para eventual futuro alinhamento.
Ou seja, Ciro chega à convenção como uma incógnita. Não quanto ao seu futuro na disputa. Difícil que saia desse pelotão. Questão é se sua candidatura pode se desidratar com esse movimento na esquerda para eleger logo Lula em 2 de outubro.