Conselho de Ética recebe 22 novas ações e 17 são contra bolsonaristas
Do total, 7 são contra Eduardo Bolsonaro (PL-RJ), que responde por campanha contra o uso da máscara aos ataques a Míriam Leitão
atualizado
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O Conselho de Ética da Câmara recebeu ontem 22 novas representações e, desse total, 17 são acusações contra deputados bolsonaristas. E, dessas, sete são contra Eduardo Bolsonaro (PL-RJ). Todas essas ações estavam represadas na Mesa da Câmara, que somente ontem despachou para o conselho.
O filho do presidente da República irá responder por acusações que variam de declarações nas redes contrárias ao uso da máscara durante a pandemia aos ataques que fez contra a jornalista Míriam Leitão, colunista do O Globo e da GloboNews. O parlamentar debochou das torturas sofridas por ela durante sua prisão na ditadura militar.
Das bolsonaristas mais ferrenhas, Bia Kicis (PL-DF), que presidiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ano passado, é alvo de duas representações: é acusada de convocar um motim da Polícia Militar da Bahia contra o governador do estado, o petista Rui Costa.
A deputada Carla Zambelli (PL-SP), outra aliada do Planalto, irá responder por ter informado falsamente que o governo do Sergipe estaria abolindo o direito de propriedade, proibindo as pessoas de saírem de casa e possibilitando o “confisco das casas”.
Outros bolsonaristas que estão nesse “pacote” enviado ao Conselho de Ética estão Soraya Manato (PTB-ES), Delegado Éder Mauro (PL-PA), Carlos Jordy (PL-RJ), Heitor Freire (União-CE) e Josimar Maranhãozinho (PL-MA), flagrado num vídeo de uma operação da Polícia Federal com dinheiro vivo em seu escritório.
Dois deputados da oposição – Jandira Feghalli (PCdoB-RJ) e Talíria Petrone (PSol-RJ) – também estão representados no conselho. Jandira é acusada de postar nas suas redes post em referência a Stálin (“olha pro céu meu amor, vê como ele Stalindo”) e Talíria é acusada de celebrar o vandalismo contra uma estátua de Pedro Álvares Cabral.