Conselho de Ética do Senado volta depois de um ano; leia casos
Flávio Bolsonaro, Marcos do Val, Randolfe Rodrigues, Kajuru… Senadores avaliam abrir processos contra colegas
atualizado
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O Conselho de Ética do Senado Federal retoma os trabalhos nesta terça-feira (09/07), após um ano sem reuniões. A pauta inclui pelo menos 19 representações, abrangendo desde o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), até Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A última reunião do colegiado foi em 14 de junho de 2023. Confira os 19 itens da pauta:
Jorge Kajuru (PSB-GO)
O senador enfrenta duas denúncias. A primeira, apresentada por Flávio Bolsonaro em 2021, refere-se à divulgação de uma “gravação clandestina” de diálogos entre Kajuru e o ex-presidente Jair Bolsonaro, nos quais este criticava senadores e o ministro Alexandre de Moraes, do STF. A segunda denúncia, feita em julho de 2020 pelo ex-senador Luiz do Carmo, alega que Kajuru o caluniou nas redes sociais.
Styvenson Valentim (Podemos-RN)
A ex-deputada Joyce Hasselmann apresentou uma petição em julho de 2021, alegando que Valentim fez comentários desonrosos sobre ela e desrespeitosos contra as mulheres durante uma live. Em outro caso, a deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) representou contra o senador em 2021, após ele debochar de uma mulher vítima de violência policial no Rio Grande do Norte.
Randolfe Rodrigues (sem partido-AP)
Randolfe é alvo de uma petição apresentada em 2021 pelo ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), que alega que o senador caluniou Bolsonaro sem provas durante a CPI da Pandemia e conclamou o MST a “depor Bolsonaro”. Flávio Bolsonaro apresentou outra petição após uma discussão entre Randolfe e o youtuber Wilker Leão no Senado, em fevereiro de 2023, na qual o senador tomou o celular de Leão. A Ordem dos Advogados Conservadores do Brasil também apresentou uma representação, acusando Randolfe de falta de decoro ao chamar Bolsonaro de “covarde” e “bandido”.
Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
PT, PSol e Rede representaram contra Flávio Bolsonaro, alegando que investigações do Ministério Público o ligam a milícias e a improbidade.
Rodrigo Pacheco (PSD-MG)
O advogado Arthur Hermógenes Sampaio Junior acionou o presidente do Senado por não dar prosseguimento aos pedidos de impeachment contra ministros do STF, apesar de ter prometido fazê-lo.
Omar Aziz (PSD-AM)
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pediu a cassação de Omar Aziz, alegando vazamento de informações sigilosas obtidas pela CPI da Covid durante as investigações.
Marcos do Val (Podemos-ES)
A Rede Sustentabilidade acusa Marcos do Val de participar de uma trama golpista com Jair Bolsonaro para tentar prender o ministro do STF, Alexandre de Moraes, anular as eleições e impedir a posse de Lula.
Alan Rick (União Brasil-AC)
O Sindicato dos Médicos do Estado do Acre processou Alan Rick após o senador fazer acusações que comprometeriam o programa Mais Médicos e a integridade da categoria médica.
Chico Rodrigues (PSB-RR)
O ex-senador enfrenta um processo por ter sido flagrado em 2020 com dinheiro na cueca pela Polícia Federal. Os partidos Rede Sustentabilidade e Cidadania alegam que ele tentou obstruir investigações relacionadas ao repasse de verbas para o combate à pandemia de covid-19.
Senadores da CPI da Covid-19
A OAB solicitou medidas para apurar e sancionar responsabilidades dos parlamentares em relação ao trabalho da advocacia durante a CPI da Pandemia.
Rodrigo Pacheco, Marcos do Val e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP)
Alessandro Vieira (MDB-SE) assinou um pedido de instauração de processo, alegando uso inadequado das emendas de relator para beneficiar apoiadores de Pacheco à presidência do Senado em 2021.