Congressistas elogiam “tranquilidade” de Torres em depoimento à CPMI
Governistas falam que ex-ministro de Bolsonaro contou “meias verdades”, mas louvam disposição
atualizado
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As primeiras quatro horas de depoimento de Anderson Torres à CPMI do 8 de janeiro, nesta terça-feira (08/08), foram avaliadas como positivas pela maioria dos congressistas do colegiado. Bolsonaristas derramaram elogios ao ex-ministro da Justiça e governistas apreciaram a disposição de Torres em falar, mesmo que sejam “meias verdades”.
O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) disse que Torres está “muito tranquilo, respondendo tudo com clareza”. Avaliou que o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal montou bem a linha do tempo que levou à tentativa de golpe em Brasília.
Já Jorge Seif (PL-SC) diz que o “treinamento como policial federal” preparou Torres para qualquer embate. “Não entrou na pilha da oposição”, avalia o senador. Damares Alves (Republicanos-DF) também reconhece que o ex-colega de Esplanada dos Ministérios se preparou muito bem: “Mostra que não tem culpa nenhuma”.
Do lado do governo, o deputado Duarte Júnior (PSB-MA) disse que é louvável a vontade em falar de Anderson Torres, mas que ele está dizendo “meias verdades”. “Não adianta falar muito, se não vai direto ao ponto”, afirmou.
O Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) avaliou ser a primeira vez que um “bolsonarista clássico” não culpa o Ministério da Justiça atual, ou seja, Flávio Dino, por envolvimento na tentativa de golpe de 8 de janeiro. “Desarma toda àquela teoria de que o governo atual seria participante do golpe”, disse.
Para o senador Fabiano Contarato (PT-ES), Torres está satisfazendo o colegiado ao responder a todas as perguntas, mas falta apontar os principais culpados pela intentona bolsonarista. “Não está se implicando, mas se não foi ele, quem foi [o responsável]?”, questionou.