Companheira de cela de Dilma na ditadura integra a Comissão de Anistia
Rita Sipahi, que já foi desse colegiado, foi presa e tortura e ficou 11 meses presa na “Torre das Donzelas”
atualizado
Compartilhar notícia
A advogada e ex-presa política Rita Sipahi integra a nova composição da Comissão de Anistia, nomeada na semana passada e vinculada ao Ministério dos Direitos Humanos.
Atuante no enfrentamento à ditadura, Rita ficou onze meses presa e esteve detida junto com a ex-presidente Dilma Rousseff no presídio Tiradentes, em São Paulo, no local que ficou conhecido como “Torre das Donzelas”, destinado às mulheres que combatiam a repressão.
Rita foi presa pela Operação Bandeirantes (Oban), em 1971, no Rio, e passou por centros de tortura como Doi-Codi e Deops, em São Paulo. Ela militou na Ação Popular (AP) e no Partido Revolucionário dos Trabalhadores.
A amiga da ex-presidente já integrou a comissão e a deixou em maio de 2019, junto com outros conselheiros, diante dos rumos que o governo de Jair Bolsonaro queria dar para tema como a repressão da ditadura, que prendeu, torturou e matou seus opositores.
Rita Sipahi atuou na guerrilha urbana e utilizou codinomes de Aspásia e Joana.
Ano passado, a comissão, no governo Bolsonaro, negou pagamento de prestação mensal a Dilma, por unanimidade. O processo da ex-presidente pode voltar a ser julgado, caso a petista apresente recurso.