O União Brasil não aplicará sanções contra o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, apesar do indiciamento feito pela Polícia Federal (PF) na quarta-feira (12/06). O partido assegura a permanência do ministro na pasta de Comunicações, afirmando que uma eventual substituição ocorrerá apenas por decisão do presidente Lula (PT).

Lula embarcou ontem para a Suíça, onde participará da reunião da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Genebra. Em seguida, irá à Itália para a reunião do G7. A decisão sobre o futuro de Juscelino Filho será tomada após esses compromissos.

Juscelino foi indiciado pela PF por suspeitas de participação em crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva, relacionados ao desvio de emendas no Maranhão. O ministro teria desviado R$ 835,8 mil destinados a obras de pavimentação financiadas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Como o colunista Igor Gadelha mostrou, Juscelino Filho enviou uma mensagem no grupo de WhatsApp do diretório nacional do União Brasil se justificando. O ministro negou irregularidades e criticou o delegado da PF que conduziu a investigação.

“Durante o meu depoimento, o delegado responsável não fez questionamentos relevantes sobre o objeto da investigação. Além disso, o encerrou abruptamente após apenas 15 minutos, sem dar espaço para esclarecimentos ou aprofundamento. Isso suscita dúvidas sobre sua isenção, repetindo um modo operante que já vimos na Operação Lava-Jato e que causou danos irreparáveis a pessoas inocentes.”, escreveu Juscelino.

Integrantes do partido também asseguram que Juscelino tem o apoio de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, para continuar no cargo.