Comissão da Anistia marca julgamento de Dilma, em momento de tensão
Ex-presidente foi perseguida, presa e torturada pela ditadura e seu caso será julgado por colegiado composto por vários militares
atualizado
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Em meio a um ambiente sobre negação pelos militares da prática da tortura durante a ditadura, a Comissão de Anistia do governo, composta também por vários egressos das Forças Armadas, marcou para o próximo dia 28, daqui a oito dias, o julgamento do pedido de anistia da ex-presidente Dilma Rousseff.
Dilma foi presa, perseguida e torturada pelo regime militar. O caso da petista já entrou e saiu da pauta da comissão várias vezes. O caso de Dilma é o primeiro da lista de 27 casos a serem apreciados pela comissão, publicada hoje no Diário Oficial.
O relator do processo de Dilma é o advogado José Augusto da Rosa Valle Machado, que tende a negar o pedido de condição de anistiada e de uma indenização de uma prestação mensal de R$ 10,7 mil da ex-presidente.
A comissão incluiu também na pauta julgamento do pedido do deputado federal Ivan Valente (PSol-SP), que já foi preso e torturado.