Com relatório aprovado, CPMI do 8 de Janeiro recorre à PGR interina
Governistas vão aproveitar que Elizeta Ramos quer “mostrar trabalho” para pressioná-la a oferecer denúncias
atualizado
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Com os trabalhos encerrados da CPMI do 8 de Janeiro e com seu relatório aprovado, governistas começam a projetar os próximos passos para punir aqueles citados no texto. O principal passo, segundo deputados, é acionar a procuradora-geral da República interina, Elizeta Ramos.
Os governistas querem aproveitar que Elizeta quer “mostrar trabalho” para acelerar os indiciamentos. Como chefe do Ministério Público, cabe à PGR interina decidir se abre novas investigações ou se incorpora o relatório de Eliziane Gama (PSD-MA) às apurações já em curso.
O deputado Rubens Pereira Jr. (PT-MA) disse ao blog que faz sentido usar o texto da CPMI do 8 de Janeiro nas apurações já iniciadas, pois o “objeto de investigação” é o mesmo. “Espero que a PGR mantenha o seu entendimento”, disse o maranhense.
Para Rogério Correia (PT-MG), Elizeta pode ter uma papel determinante para os próximos passos para a punição de Jair Bolsonaro (PL). “Ela pode usar o relatório e incluir aqueles que investigamos nesses últimos 5 meses”, afirmou o deputado ao blog.
Elizeta Ramos está como chefe da Procuradoria-Geral da República há 22 dias. Ela está num “período de teste” e vê a possibilidade de se tornar a titular no horizonte. Como o colunista Guilherme Amado mostrou, Lula (PT) está tranquilo com o trabalho da procuradora.