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Com Lula no poder, os novos discursos e palavras de ordem na Esplanada

“Sem anistia”, uma referência a Bolsonaro, “boa tarde, presidente”, saudação a Lula, e “todos, todas e todes” nos discursos são as novidades

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Lula e convidados sobem a rampa para passar a faixa ao presidente durante a posse no palacio do Planalto - Metrópoles7Lula e convidados sobem a rampa para passar a faixa ao presidente durante a posse no palacio do Planalto - Metrópoles
1 de 1 Lula e convidados sobem a rampa para passar a faixa ao presidente durante a posse no palacio do Planalto - Metrópoles7Lula e convidados sobem a rampa para passar a faixa ao presidente durante a posse no palacio do Planalto - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Os dois primeiros dias de governo de Lula trouxeram novidades diversas na gestão do país. Novos ministros foram empossados, com mais ministérios, perfis bem distintos do que governo que saiu e atos do antigo presidente revogados.

As mudanças não foram só nesse campo. Nas posses ocorridas até agora, surgiram novas expressões, palavras de ordem e discursos, que se repetem nessas cerimônias.

Por exemplo: pegou, durante as solenidades de posse, o grito dos petistas contra qualquer concessão a Jair Bolsonaro. É a palavra de ordem “sem anistia”. Repetida toda vez que há críticas a Bolsonaro e seu comportamento como governante. Essa manifestação surgiu ainda na posse do presidente, no domingo, na praça dos Três Poderes, quando Lula se referiu criticamente à gestão do antecesssor.

Outra “mania” entre os petistas é repetir nessas solenidades as saudações feitas pelos apoiadores de Lula que permaneceram em frente à Polícia Federal, em Curitiba (PR), quando o petista esteve preso. São os “bom dia, presidente” e o “boa tarde, presidente”. Os petistas saudavam assim o petista, do lado de fora.

O governo Lula também incorporou nas solenidades, inclusive no Palácio do Planalto, a expressão “todes” ao se referir a plateia presente. O locutor oficial sempre dá bom dia, ou boa tarde, a “todos, todas e todes”. A expressão, de linguagem neutra, se refere a todas as pessoas, independentemente do gênero.

Esse “todes” gerou a oposição, no Congresso Nacional, da bancada religiosa. A própria ministra do Turismo, Daniela Carneiro, que é deputada do União, pelo Rio, é autora do projeto que veda o uso dessa linguagem neutra nas escolas, como revelou o Metrópoles, semana passada. 

Na posse de Silvio Almeida, ontem, como novo ministro dos Direitos Humanos, se ouviram, por exemplo, as três expressões: o bom dia a todos, todas e todes, saudou a locutora aos presentes; o próprio Almeida, no discurso, desejou bom dia ao presidente; e, após críticas do ministro – que afirmou ter herdado uma gestão de “desastre” – o público gritou “sem anistia” a Bolsonaro.

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