Com leilão do arroz cancelado, Lula quer acordo com produtores gaúchos
Ideia é enviar mais arroz para as cidades que registrarem desabastecimento
atualizado
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O governo Lula (PT) planeja propor aos produtores de arroz do Rio Grande do Sul um plano de reabastecimento do cereal em localidades que registrarem falta do produto. A iniciativa tem como objetivo distribuir o arroz nessas cidades para aumentar a oferta e, consequentemente, diminuir os preços.
O setor produtivo é simpático à ideia. Ele foi determinante para o governo federal desistir da ideia de leilão de arroz importado e será uma das vozes a serem ouvidas quando o assunto realmente sair do papel. Quem vai consumar o acordo é o presidente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), Edegar Pretto.
Após suspeitas de irregularidades, o governo Lula decidiu anular o leilão em 18 de junho e cancelou a compra de 263,3 mil toneladas de arroz. Um novo edital estava previsto para ser publicado em 22 de junho, mas o texto foi desprezado. Ao todo, Lula liberou mais de R$ 7 bilhões para a compra de 1 milhão de toneladas de arroz.
Segundo a Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz), a colheita de 2023/24 deve alcançar 7,2 milhões de toneladas, superando o volume da safra passada, de 6,9 milhões de toneladas. Devido às chuvas, as perdas estão estimadas em cerca de 250 mil toneladas.
Não há risco de desabastecimento, segundo o governo Lula. O Rio Grande do Sul é responsável por 70% da produção de arroz no país e já havia colhido e ensacado 80% de toda ela.