Com discurso político, Lula incomodou governadores bolsonaristas
Para três governadores, o petista se excedeu na politização de sua fala no encontro no Planlato
atualizado
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Na reunião de ontem com governadores de todos os estados, no Palácio do Planalto, Lula, o último a falar, incomodou os gestores ligados a Jair Bolsonaro.
Para eles, o presidente da República se excedeu na politização do discurso, com ataques a Bolsonaro, mesmo sem citar o nome do ex-presidente.
Os governadores esperavam uma ênfase maior na defesa da democracia, sem apontar muito o dedo para o adversário.
Mas, não. Lula fez ataques de palanque a Bolsonaro, retórica que não cabia ali, para governadores como Tarcísio Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais) e Jorginho Mello (Santa Catarina). Todos fizeram campanha ao ex-presidente.
O petista atacou a turma que esteve, ou está, na frente dos quartéis; mais de uma vez lembrou que Bolsonaro não lhe passou a faixa; acusou genericamente os militares de apoiarem a quartelada dos bolsonaristas radicais.
Algumas frases ditas por Lula na reunião, que desagradou o trio bolsonarista.
“O ex-presidente antecipou sua saída e esse pessoal ficou sem ter o que fazer e foi para a frente dos quartéis para reivindicar golpe”.
“Uma parte dos perdedores ainda não aceitou o resultado. Estão na frente dos quartéis. E estão reivindicando o quê? A melhoria da qualidade de vida das pessoas? Mais liberdade? Construção de habitação? Não. Estão reivindicando golpe”.