O sábado, ontem, foi tomado pelo vermelho nas ruas de Brasília. Na Esplanada, nos bares, em restaurantes e espaços públicos diversos o que se viu foi euforia. A festa da posse parecia antecipada. A véspera foi um sinal do que se verá neste domingo.

Alheios à discussão se parte do ministério foi composto pelo fisiologismo do União Brasil, quem veio à capital federal ainda está em lua de mel com o resultado e aliviado pela derrota de Jair Bolsonaro. E exultante com a vitória de Lula.

“Na verdade, foram duas vitórias. A primeira, tirar Bolsonaro. E a segunda, levar Lula novamente à Presidência da República. Só a ele, a verdade é essa, caberia esse feito” – disse ao blog a servidora pública Ana Amélia Salgado, que saiu de Itabuna, na Bahia, e enfrentou de carro os 1.280 quilômetros até Brasília.

No ensaio da posse, anteontem, ficou registrada essa animação incontida dos petistas. Os eleitores de Lula, de todo o país, sem cerimônia e respeitando a segurança, fizeram questão de posar em torno do Rolls Royce presidencial e acenar aos figurantes de Lula e Janja como se formassem, de fato, o primeiro casal.

Não tinha só marinheiro de primeira viagem. Um casal de Olinda (PE) – 2.140 quilômetros de Brasília – fez questão de comparecer  para a quinta posse de suas vidas. Paulo Martins e Luiza Martins  estiveram na Esplanada para acompanhar às duas posses de Lula e às duas de Dilma.

E comparam essa à primeira festa com Lula, em 2002.

“São emoções distintas, mas grandiosas. A chegada de Lula naquele ano teve o significado de um sonho. E, dessa vez, foi de resistência. Se quem estava na Presidência fosse reeleito teríamos o pior, ainda mais, do Brasil. O alívio é muito grande. O ar está mais leve” –  disse Luiza.

Essa declaração de Luiza representa o que muito se ouviu, na verdade, desde a confirmação da vitória de Lula no segundo turno. A festa da posse é a celebração.