“Cenário mudou”: PL vê prisão de Bolsonaro como possibilidade
Integrantes do partido do ex-presidente entendem que situação é “feia”, mas alertam que é preciso mais provas para prender Bolsonaro
atualizado
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Depois que o advogado de Mauro Cid disse que o ex-ajudante de ordens admitirá que vendeu joias a mando de Jair Bolsonaro, integrantes do PL já admitem que o ex-presidente pode ser preso “a qualquer momento”. Ao blog, líderes do partido disseram que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes precisa, antes, de “segurança jurídica” para isso.
A tal segurança jurídica seria a necessidade de mais provas que impliquem Bolsonaro ao caso das joias. O ex-presidente está sendo investigado por supostamente liderar um esquema de venda de objetos de valor desviados do acervo público da Presidência da República.
O PL entende que Bolsonaro só poderá ser preso se houver suspeitas de que ele está atrapalhando as investigações da Polícia Federal (PF). “Depende do que vão achar nos celulares [de Frederick Wassef]”, disse um líder do PL na Câmara dos Deputados.
Aliados do ex-presidente também afirmam que o cenário mudou com a possível delação de Mauro Cid. O novo advogado dele, Cezar Bittencourt, disse à revista Veja que a verba das vendas das joias, recebidas pelo ex-presidente em viagens oficiais, teria sido repassada a Bolsonaro em espécie.
A prisão de Jair Bolsonaro teria que ser “inconteste”. Por isso, na visão do partido, Moraes e a PF vão esperar até o último minuto. Caso seja imputado crime nas condutas do ex-presidente, ele pode ser indiciado por peculato, com penas de dois a 12 anos de prisão, além de multa.