Celebração não garante fim da ideia de explorar petróleo na Amazônia
Evento de ontem no Planalto marcou um forte compromisso de Lula com Marina Silva, mas risco ainda existe
atualizado
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O evento que celebrou o Dia do Meio Ambiente ontem, no Palácio do Planalto, virou uma demonstração dos compromissos de Lula com sua antiga amiga e ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Há menos de uma semana, sua pasta passou por um duro ataque do Congresso, que tirou poderes de seu ministério e aprovou projeto que fragiliza a proteção da Mata Atlântica.
Lula ontem não só vetou essas mudanças na lei desse bioma como criou parques e ampliou dimensão de unidades de conservação.
Mas apesar das medidas anunciadas e do fortalecimento dos laços de Marina com Lula não está garantido que não haverá exploração de petróleo na chamada Foz do Amazonas, ainda que há 500 quilômetros da margem do rio.
O presidente da República não deixou isso explícito. Falou, sim, da necessidade de expansão de uma indústria vinculada à biodiversidade, como cosméticos a partir da flora daquela região.
O risco ainda existe e é grande. A Petrobras está de olho, boa parte do governo também e muita gente no Congresso Nacional. Disse o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que a atual composição do parlamento não nutre simpatias pela causa ambiental.
Lula deu um grande passo no compromisso com a biodiversidade, mas não se comprometeu completamente.