Caso de Dilma na Comissão de Anistia será dos últimos a ser julgado
Sob governo Bolsonaro, esse colegiado tem negado majoritariamente os pedidos dos anistiandos; tendência é negar pleito da ex-presidente
atualizado
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A Comissão de Anistia do governo Bolsonaro (na foto acima estão todos os integrantes) deixou para julgar o caso de Dilma Rousseff em 2022, quando esse colegiado pretende encerrar suas atividades.
Dilma foi presa, perseguida e torturada durante a ditadura e entrou na comissão com pedido de anistia e reparação econômica a que entende ter direito pelas arbitrariedades que a atingiram.
A atual composição da comissão tem negado majoritariamente os pedidos dos anistiandos. A tendência é negar o requerimento de Dilma com o argumento de que a ex-presidente já foi atendida em comissão estadual de anistia.
O atual presidente da Comissão de Anistia, o advogado João Henrique Freitas, que é assessor-chefe da Assessoria Especial da Presidência da República, tem relativizado nos julgamentos o entendimento de que houve perseguição no regime militar.
Em postagem recente ele afirmou que a comissão atua no “resgate da moralidade e preservação da coisa pública”. E diz que desde a posse de Jair Bolsonaro a comissão assumiu com cerca de 12 mil processos e que “chegamos a 2021 com cerca de 400. Só”.