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“Capitã Cloroquina” se reúne com pessoal da saúde em reduto eleitoral

Conselho de Secretários de Saúde do Ceará pediu adiamento de evento, por causa da Covid. Mayra Pinheiro reagiu: “Não é o SUS que queremos”

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Secretária Mayra Pinheiro, do Ministério da Saúde, a "capitã cloroquina"
1 de 1 Secretária Mayra Pinheiro, do Ministério da Saúde, a "capitã cloroquina" - Foto: null

A secretária de Gestão do Trabalho da Educação em Saúde, Mayra Pinheiro, do Ministério da Saúde, passou seis dias da última semana em encontros com a equipe estadual da saúde do Ceará, seu reduto eleitoral, onde concedeu entrevistas em rádios de algumas cidades, visitou hospitais e promoveu eventos.

Conhecida como “Capitã Cloroquina” desde o início da pandemia, por sua defesa de medicamentos comprovadamente ineficazes no combate à Covid-19, a secretária foi candidata ao Senado em 2018 no estado, pelo PSDB, e não se elegeu. Agora, ela deve disputar uma vaga para a Câmara dos Deputados.

Nos dias que esteve em seu reduto eleitoral, Pinheiro, por intermédio de sua secretaria, organizou a Ação de Fortalecimento da Atenção Primária à Saúde na Macrorregião do Cariri, um evento para 45 cidades, no último dia 27.

O encontro, porém, não teve a anuência do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Ceará (Cosems), vinculado ao Conasems. A entidade entendeu que, em função do momento agudo de registros de casos de Covid por conta da Ômicron, não era hora de os secretários e outros profissionais de saúde deixarem os postos nas suas respectivas cidades.

A “Capitã Cloroquina”, no entanto, não quis saber dos apelos do conselho: manteve o evento, criticou o Cosems e ainda refutou que a decisão fosse “política”.

“Infelizmente, a gente foi surpreendida com uma nota divulgada pelo Cosems pedindo que os secretários não participassem do evento. É uma tristeza para nós, deve ser uma tristeza para todos os habitantes dos municípios que esses secretários representam. Esse não é o SUS que nós queremos construir. Nosso objetivo aqui não é política, mas é cuidado com todos os brasileiros, especialmente os moradores do Cariri, que perdem, assim, representantes a altura do que a gente quer no SUS. Fica aqui o nosso registro, a nossa tristeza e a nossa indignação”, afirmou Mayra Pinheiro, em postagem nas redes.

Alguns secretários que participaram gravaram depoimentos.

A presidente do Cosem, Saionara Cidade, divulgou uma nota reagindo aos ataques da secretária. Saionara explicou que o conselho deu toda assistência ao evento e que, em 14 de janeiro, solicitou que a ação foi adiada para fevereiro, com base no cenário epidemiológico no estado, que apresenta alto número de casos de Covid, e também em função da campanha para vacinação de crianças na faixa etária de 5 a 11 anos.

Ainda assim, o Ministério da Saúde informou que iria manter seu evento.

“Diante do posicionamento do Ministério da Saúde, o Cosems do Ceará, em acordo com a secretaria do estado, orientou aos secretários de saúde e suas equipes a estabelecerem foco total nas ações de enfrentamento à pandemia e de vacinação”, diz nota do Cosems, que nega ter sido contra o evento de Mayra Pinheiro.

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