metropoles.com

Busca por desaparecidos da ditadura continuará com Lula, diz transição

Integrante do GT de Justiça e Segurança Pública, Wadih Damous critica possível fim da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Tomaz Silva/ Agência Brasil
Wadih Damous
1 de 1 Wadih Damous - Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil

Integrante do grupo da transição de Lula, o advogado e ex-deputado Wadih Damous, do PT, reagiu à decisão do governo Bolsonaro em encerrar os trabalhos da Comissão de Mortos e Desaparecidos, instituída em 1995. 

O presidente da comissão, Marcos Vinícius Carvalho, para semana que vem votação do relatório final, que, se aprovado, colocará fim às buscas pelas vítimas da ditadura implantada em 1964. O governo tem maioria nesse colegiado.

Damous criticou o possível fim da comissão, disse que Bolsonaro nunca escondeu simpatia por torturadores e afirmou que, se de fato extinta, o governo Lula irá restituir esse trabalho e retomará as buscas pelos restos mortais dos opositores do regime militar.

“A possível extinção da comissão é mais uma ação regressiva do governo Bolsonaro, que não consegue distinguir o que é política de governo e de estado. Além de ser um governo reacionário, de extrema direita, não reconhece o fato de pessoas terem sido vítimas de desaparecimento forçado à época da ditadura, que é um fato público, notório e reconhecido” – disse Wadih Damous ao Blog do Noblat.

O blog publicou ontem que a comissão, sob o governo Bolsonaro, não fez sequer uma diligência para localizar os corpos desses militantes de esquerda e, ao contrário, atuou para minimizar os efeitos e consequências da ditadura, hoje enaltecida nas portas dos quartéis por admiradores do presidente, que pedem intervenção das Forças Armadas na política.

Damous, que presidiu a OAB no Rio e também a Comissão da Verdade no estado, afirmou que as buscas serão retomadas a partir de 2023.

“Vai caber ao novo governo tomar as providências para que seja restabelecida a Comissão de Mortos e Desaparecidos, que não terminou a sua missão. Aliás, enquanto não se informar à sociedade e aos familiares o paradeiro dessas pessoas que desapareceram e em que circunstâncias foram assassinadas, a comissão se fará necessária e tem que existir” – completou Damous, que integra o GT de Justiça e Segurança Pública da transição.

“Todos nós sabemos que Bolsonaro nunca escondeu sua simpatia por torturadores, haja vista o seu voto no julgamento do impeachment da presidenta Dilma, quando dedicou seu voto ao mais emblemático dos torturadores brasileiros, o coronel Brilhante Ustra” – afirmou.

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comBlog do Noblat

Você quer ficar por dentro da coluna Blog do Noblat e receber notificações em tempo real?