Brasil rechaça possibilidade de novas sanções dos EUA contra Venezuela
Estados Unidos reconhecem Edmundo González como presidente eleito no país vizinho
atualizado
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O governo Lula (PT) se posicionará contra qualquer ampliação das sanções econômicas dos Estados Unidos à Venezuela. Essa postura foi discutida pelo Itamaraty nas recentes reuniões sobre a situação do país vizinho, que enfrenta uma crise institucional após a reeleição de Nicolás Maduro como presidente da República Bolivariana.
A principal preocupação é que novas sanções possam agravar a crise econômica na Venezuela. O Brasil avalia que essas medidas impactariam principalmente a população mais pobre, que já enfrenta dificuldades significativas.
Além disso, o governo brasileiro considera que o aumento da crise pode resultar em uma nova onda migratória em direção ao Brasil, especialmente pelo Estado de Roraima.
Em resposta, o Brasil propõe que as sanções unilaterais sejam discutidas à Organização das Nações Unidas (ONU). Essa estratégia vem sendo defendida desde a imposição das primeiras sanções ao país sul-americano, em 2014.
Os Estados Unidos, por sua vez, já reconheceram Edmundo González como presidente eleito da Venezuela. O reconhecimento não causou surpresa, já que o presidente norte-americano, Joe Biden, havia informado previamente o presidente Lula sobre sua intenção.