Brasil espera fim das hostilidades de Milei após proteção de embaixada
“Os laços de amizade que unem a Argentina e o Brasil são muito fortes e históricos”, disse o presidente argentino
atualizado
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Após o Brasil assumir a representação diplomática da embaixada da Argentina em Caracas, na Venezuela, o Itamaraty espera que as relações entre os governos do presidente argentino Javier Milei e o presidente Lula (PT) entrem em uma fase de normalidade.
O agradecimento público de Milei e o reconhecimento da boa relação entre os dois países alimentam um sentimento de tolerância que os diplomatas brasileiros buscavam aquecer entre os argentinos. No X, Milei afirmou que os “laços de amizade entre Brasil e Argentina são fortes e históricos”.
O tom inesperado de Milei foi recebido com surpresa pelo Ministério das Relações Exteriores. Antes de assumir a presidência da Argentina, o boquirroto já havia chamado Lula de “corrupto”, “comunista”, “ladrão” e “presidiário”, entre outras ofensas.
Milei também declarou que os diplomatas argentinos deixaram a Venezuela na quinta-feira (1º/08) “como uma retaliação do ditador Maduro pela condenação que fizemos da fraude que perpetrou no domingo passado”.
Entenda
O movimento do Brasil em custodiar as embaixadas e representações diplomáticas de Argentina e Peru ocorreu após o presidente Nicolás Maduro expulsar os diplomatas destes e de outros cinco países da Venezuela.
A expulsão se deu pelo não reconhecimento da reeleição de Maduro por Argentina, Peru, Chile, Costa Rica, Panamá, República Dominicana e Uruguai.
O Brasil será responsável pela segurança das sedes de Peru e Argentina, além dos arquivos e das pessoas que ainda vivem e/ou trabalham nas embaixadas.
A decisão inclui a proteção de seis colaboradores da líder opositora María Corina Machado, que se encontram asilados na residência diplomática argentina na capital venezuelana.