Bolsonaro não foi à Bahia por entender ser “batalha perdida” em 2022
Presidente abandonou rito do cargo, que o obrigava a prestar solidariedade aos baianos, e ouviu assessores que só pensam na reeleição
atualizado
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Jair Bolsonaro deixou, até agora, de visitar in loco a tragédia das chuvas que atingem a Bahia pelo mesquinho raciocínio político, e que pode estar muito errado. O presidente, de moto próprio, decidiu não sobrevoar ao menos as regiões atingidas por ser tratar de um estado, a Bahia, inimigo. Simples assim.
O presidente disse a assessores próximos que o acompanham no litoral de Santa Catarina, em alto e bom som:
“Ir à Bahia é batalha perdida” – contou ao Blog do Noblat um desses auxiliares próximos, sob pedido de reserva.
Por “batalha perdida” entende-se, com clareza cristalina, de que sua visita ao estado governado pelo opositor petista Rui Costa não vai lhe trazer dividendo político algum.
O argumento é arriscado. O presidente, se nada iria ganhar lá, vai perder. Seu comportamento aponta para um presidente insensível, desalmado e nada solidário. Nada que a crise da pandemia não tinha revelado, mas, se é isso que interessa, vai tirar-lhe votos.