Bolsonaristas revisitam 2021 e voltam a ameaçar o STF em ano eleitoral
Aliados do presidente defendem novamente impeachment de ministros do tribunal e os associam à esquerda
atualizado
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Parlamentares da base do governo na Câmara voltaram ao passado recente e decidiram fazer nova ofensiva contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e seus ministros.
Decisões monocráticas de dois ministros do tribunal, ontem, atiçaram a ira dos bolsonaristas que voltaram a chamá-los de esquerdistas e voltaram a falar em impeachment de integrantes do Supremo.
Ontem, o ministro Ricardo Lewandowski suspendeu o veto do Ministério da Educação ao passaporte de vacina em universidade e a ministra Cármen Lúcia deu o prazo de cinco dias para Jair Bolsonaro e o ministro Marcelo Queiroga (Saúde) darem explicações sobre a consulta pública sobre vacinação em crianças.
O deputado General Girão (PSL-RN) defendeu o impeachment dos ministros.
“Toda semana temos atos de ministros do STF caracterizados por um ativismo político partidário nunca visto na nossa história. O que esses ministros pensam que são? Estão mais para integrantes da esquerda derrotada. Precisamos urgente de um Senado que atue. Simples assim” – postou Girão.
Bibo Nunes (PSL-RS) defendeu a “revisão” dos poderes do STF e afirmou que neste anos emendas constitucionais e projetos no Congresso irão “ajustar” o STF.
“É um desaforo um ministro do STF dar um ultimato de cinco dias, para o Presidente se manifestar sobre um assunto. Isso é desrespeito, provocação, ofensa ao povo brasileiros e bom senso zero. Temos obrigação de revisar os poderes do STF! Um só ministro acaba com a decisão do Presidente da República, de uma portaria Ministerial e até decisão do Congresso. Assim não pode continuar!” – ameaçou Bibo Nunes.