Bolsonaristas prometem “guerra espiritual” em ato pró-Bolsonaro
Em grupos de WhatsApp e Telegram, apoiadores do ex-presidente fazem convocação para ato na Avenida Paulista
atualizado
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A convocação para o ato a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está rolando a todo gás nos grupos de WhatsApp e do Telegram voltados à extrema-direita. Em pelo menos 12 comunidades acompanhadas pelo blog, todas dizem que o evento da Avenida Paulista, no próximo domingo (25 de fevereiro), será determinante para mostrar para o mundo “as injustiças contra Bolsonaro”.
O foco dos grupos está sendo em encorajar apoiadores a comparecer no ato. Ataques diretos aos ministros do Supremo Tribunal Federal, como Alexandre de Moraes, estão ficando de lado, por ora. “Temos que esquecer o ditador de toga e mostrar para ele que estamos com o presidente Bolsonaro. Supremo é o povo”, escreve uma apoiadora que sairá de Santos, na baixada paulista, para participar da manifestação.
“Será uma guerra espiritual. A verdade contra o comunismo […]. A democracia contra o golpe”, diz uma mensagem sinalizada como encaminhamento frequente. No grupo “Direita Bauru”, os organizadores dizem que já fecharam quatro ônibus com bolsonaristas da cidade do interior de São Paulo. “Vamos mostrar a força do verde e amarelo”, diz uma das mensagens.
Já o grupo “Bolsonaro Raiz” está concentrado em táticas para não perder o objetivo da manifestação. “Tem que lembrar que o foco é as injustiças do STF e do TSE contra o presidente”, lê-se uma mensagem.
Um usuário do grupo “Estou com Bolsonaro” lembra que Bolsonaro, se não for condenado e preso, estará elegível novamente em 20230. “Se a gente não virar agora, vira em 2030. Ficamos mais fortes até lá”.
Além das mensagens de chamamento à manifestação, muitos dos grupos concentram mensagens críticas ao governo Lula (PT). “Lula genocida, já matou muitas pessoas e não tem vacina pra todo mundo”, escreve um bolsonarista se referindo à epidemia de dengue, que já vitimou 94 pessoas.
Há também mensagens contra antigos apoiadores de Bolsonaro e vistos agora como traidores. O principal deles é o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub. “Ele que não apareça na Avenida Paulista”, recomenda um usuário.