Bolsonarista diz que Lula o demitiu da Comissão de Ética por “achismo”
Além de assessorar Bolsonaro, João Freitas presidiu no seu governo comissão que negou anistia à ex-presidente Dilma Rousseff
atualizado
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Um dos três integrantes da Comissão de Ética Pública demitidos ontem por Lula, o advogado João Henrique Freitas não gostou da decisão do presidente, quem assinou a sua exoneração no Diário Oficial da União.
Freitas foi assessor especial de Jair Bolsonaro e também presidiu a Comissão de Anistia, que negou mais de 90% de requerimentos de pessoas que se sentiram atingidos por atos da ditadura militar. Um dos casos negados foi da ex-presidente Dilma Rousseff.
Ele foi nomeado para a Comissão de Ética por Bolsonaro no final do ano passado, no apagar das luzes do governo. O ex-presidente já tinha sido derrotado no pleito. Freitas atribuiu sua demissão a “achismos e presunção de má-fé”, numa crítica a Lula.
“Parece que as interferências na gestão do presidente Bolsonaro permanecem. Nós, que temos mandatos, sermos dispensados desta forma é uma quebra de regra que atenta contra toda a Comissão de Ética Pública, sobretudo porque a decisão foi baseada em achismos e na presunção da má-fé” – postou Freitas nas suas redes.
O conselheiro demitido por Lula utiliza com frequência sua conta no Twitter para atacar e criticar o governo de Lula, ministros e petistas. E faz defesa de Bolsonaro.
O advogado rebateu uma fala de Lula de que é preciso parar de judicializar a política. E disse:
“O partido de Lula está entre os que mais ajuizaram ações no Supremo durante a gestão de Jair Bolsonaro, perdendo apenas para Rede, PSD e PDT”.
Em dezembro, ele chegou a postar que não havia provas que foram bolsonaristas que cometeram atos de vandalismo na noite de 12 de dezembro. E acusou jornalistas.
“Sem provas, militância de redação atribui vandalismo no DF a ‘bolsonaristas’”.