Biografias políticas de Bolsonaro e Nardes, que o julga, se confundem
De apoio à ditadura a uma convivência nos mesmos partidos na Câmara por 12 anos, durante três mandato
atualizado
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As biografias políticas de Jair Bolsonaro e Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) relator do caso das joias, se confundem.
Da ligação e apoio à ditadura, assim como Bolsonaro – Nardes integrou a Arena e o PDS, partidos de sustentação do regime militar – até a convivência na mesma legenda durante doze anos na Câmara, considerando os três mandatos de deputado do atual ministro do TCU.
Antes de estarem juntos no PP, legenda que é quase sinônimo de Centrão, os dois estiveram na mesma bancada das outras duas legendas, que redundaram no hoje Progressistas.
Os dois foram deputados pelo então PPR no mesmo período na Câmara, entre 1995 a 1999; também pelo PPB, de 1999 a 2003; e, de novo no PPB, de 2003 a 2007.
Escolhido relator no tribunal do escândalo das joias das arábias, Nardes não pediu que o ex-presidente entregasse o conjunto que está em seu poder, o que era esperado. Determinou que o presidente não as usasse e nem as vendesse.
Ligado à bancada ruralista, quando foi deputado, Nardes precisou se licenciar do TCU, no final do ano passado, depois que foi vazado um áudio no qual aparece afirmando que havia um movimento forte nas Forças Armadas para assumir o governo. Esse episódio ocorreu depois da vitória de Lula.
Com a repercussão negativa, Nardes pediu licença médica por cinco dias.