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As acusações de corrupção de Ciro contra Bolsonaro, que não respondeu

No debate de sábado, o pedetista apontou três supostos escândalos no governo; o presidente, nesses casos, não pediu direito de resposta

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Reprodução / SBT
Ciro Gomes em debate no SBT
1 de 1 Ciro Gomes em debate no SBT - Foto: Reprodução / SBT

No debate no último sábado – promovido pela CNN, SBT, Veja, Terra, NovaBrasil FM e  Estadão/Eldorado – Ciro Gomes, do PDT, listou uma série de acusações contra Jair Bolsonaro, do PL, que envolvem supostos casos de corrupção do governo.

Bolsonaro, no debate, pediu seis direitos de respostas e obteve três, mas nesses casos citados pelo concorrente ficou quieto.

O pedetista, que até então estava num tom morno contra o presidente, só reagiu com essas acusações após ser alvo de um duro ataque de Bolsonaro, que lembrou que ele e seu irmão Cid Gomes foram alvos de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal.

Abaixo, as três acusações feitas por Ciro contra Bolsonaro, que não se defendeu.

Carteira de crédito de R$ 3,3 bilhões do Banco do Brasil. 

A frase de Ciro: “Bolsonaro, você vendeu a carteira de crédito de 3,3 bilhões de reais do Banco do Brasil por trezentos e poucos milhões para o BTG. Aí tem!”.

Esse assunto tem sido recorrente no material de Ciro. O presidenciável afirma que o banco BTG Pactual, do qual o ministro Paulo Guedes (Economia) seria um dos fundadores, comprou a carteira de crédito do Banco do Brasil por R$ 370 milhões, um valor muito menor do que o real. O pedetista assegura que essa carteira vale R$ 3 bilhões.

Em dezembro de 2021, a Controladoria-Geral da União (CGU) avaliou que o banco cedeu carteira de R$ 2,9 bilhões ao BTG “sem fazer um planejamento estruturado e sem as devidas justificativas de mercado”.

Venda da refinaria Landulpho Alves

Sobre este tema, Ciro disse ao presidente: “Você vendeu a [refinaria da Petrobras] Landulpho Alves por metade do preço para um fundo obscuro dos Emirados Árabes. Se vendeu pela metade do preço, alguém ganhou e o povo brasileiro perdeu”

A venda dessa refinaria, que fica na Bahia, ocorreu no final do ano passado. Foi negociada com o grupo Mubadala Capital, dos Emirados Árabes, por R$ 10,1 bilhões. Entidades sindicais, como a Federação Única dos Petroleiros (FUP), criticaram à época o negócio.

Venda de gasodutos e oleodutos

Mais uma vez Ciro atacou o concorrente: “Bolsonaro, você vendeu os gasodutos e oleodutos da Petrobras e entregou um contrato de aluguel [da estatal com os novos donos] e essa é a roubalheira mais escandalosa que eu já vi”.

A oposição acusa o governo Bolsonaro de estar pagando cerca de R$ 3 bilhões ao ano para utilizar os gasodutos da Transportadora Associada de Gás (TAG). Essa empresa foi vendida pelo governo por R$ 36 bilhões. Segundo a oposição, o governo a vendeu mesmo sabendo que iria aumentar a produção e teria necessidade ainda mais desses gasodutos para distribuir petróleo e gás.

 

 

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