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Tudo que eles querem é guerra (por Eduardo Fernandez Silva)

All they want is war

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Amir Levy/Getty Images
Um soldado israelense exibe equipamento militar e munições que militantes do Hamas e palestinos usaram no momento do ataque na fronteira sul de Israel com a Faixa de Gaza em 20 de outubro de 2023
1 de 1 Um soldado israelense exibe equipamento militar e munições que militantes do Hamas e palestinos usaram no momento do ataque na fronteira sul de Israel com a Faixa de Gaza em 20 de outubro de 2023 - Foto: Amir Levy/Getty Images

All we need is love. A guerra é a continuidade de política por outros meios; eles, os políticos e demais governantes, precisam e querem a guerra para prosseguir com seus jogos de poder e dinheiro, na insana, danosa e ilusória corrida para ser o mais rico e poderoso.

A guerra inviabiliza o diálogo, e sem diálogo não há amor, que é all we need e não custa caro nem carece de queimar mais petróleo, nem de crescer o PIB nem, muito menos, de guerras. Pelo contrário!

Fala-se que crer que all we need is love é utópico, ilusório, mas tal crença não é mais irreal que sonhar tornar-se o mais rico e poderoso mediante armas, ouro e domínio sobre pessoas; o primeiro caminho traz esperança, cooperação, harmonia, paz; o segundo desesperança, intriga, ódio, disputa e guerra. Embora semelhantes quanto a serem utópicos ou distópicos, qual é melhor, qual mais promissor?

Imagine que não há mais países, nem religiões, nenhum motivo para matar ou morrer; tal utopia não é menos irreal que a distopia de imaginar que alguém conseguirá poder perene e absoluto, e é preferível a esta última! Temos que superar as ideias herdadas, de que a luta por poder e dinheiro é a única via!

Claro, tal luta existe, como nos mostram as guerras em curso, entre países e entre grupos, assim como a maioria das opções adotadas por políticos e demais governantes. Decisões que beneficiam, entre outros, produtores de armas, destroem a natureza e prejudicam crianças, idosos, jovens e quase todos! Tudo, em busca do sonho irreal de se tornar o mais rico e poderoso, e de tentar resistir aos ventos de mudança que solapam a fugaz e pretensa antiga dominância!

O mundo mudou e, assim, as ideias carecem de alteração. As atividades tradicionais de busca por riqueza, poder e glória já se revelaram o que são: ações a um só tempo genocidas e suicidas. Para que continuar no mesmo rumo, se tal trilha compromete a vida de nossos filhos e netos?

Toda guerra é uma negociata, travestida de (falsas) boas intenções! Há muito dinheiro sendo ganho; follow the money, é recomendação para que se encontrem os beneficiários, que são também os culpados pelos morticínios. Quem ganha com as guerras em curso? Pessoas em busca de poder e dinheiro, psicopatas que não se preocupam em fazer mal a outros e assumem governos e empresas não para promover um mundo sem guerras, cooperativo e fraterno, mas para continuar a minar as chances de sobrevivência da espécie humana e de outras.

Tudo, em busca do ideal não realizável nem sustentável de assumir controle total; melhor optar por caminho que valorize a convivência, a cooperação, a fraternidade. Esta última via, ridicularizada sob a acusação de ser irrealista, não é mais sonhadora que a opção de políticos e outros, que nos condena ao genocídio e ao suicídio. Ainda há tempo para acordarmos e alterarmos o rumo, mas essa janela está se fechando. Lembremo-nos, por mais que muitos evitem dizê-lo para não parecerem ingênuos: all we need is love!

 

 

Eduardo Fernandez Silva . Mestre em Economia. Ex- Diretor da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados

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