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Tô contigo, senador Rogério Marinho (por Roberto Caminha Filho)

Eu ficaria deveras chateado se levasse quinze anos de cadeia e o Adélio..nenhum-zinho

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Imagem colorida de Rogério Marinho
1 de 1 Imagem colorida de Rogério Marinho - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Estava eu no meu escritório, trabalhando ferozmente pelo bem do Brasil, quando o celular quebra o silêncio da manhã e entra a voz, meio Rita Lee, meio Gal Costa, da minha querida Dra. Cyssa López.

  • Oi Pet! Eu tenho um processo a resolver em Brasília e pensei em te convidar para vermos essa manifestação do dia 8 de janeiro.
  • Olha, Cyssa, te rever é sempre muito bom, eu só não acredito que isso dê em alguma coisa boa, porque o Zé Povinho não tem nenhum líder que possa arrastá-lo para um final feliz, apesar de que, algumas gotas de sangue possam ser derramadas. Na terra dos outros, poderemos levar umas borrachadas e voltar com a cabeça cheia de galos.
  • Que nada! Tu estás te entregando para a Dona Velhice! Isso é muito grave! Te prometo tomar só duas garrafas de Pera Manca e uma de Ballantine’s 17. Juro que dessa vez não passarei disso. Topas?
  • Claro que topo! Mais pelo Ballantine’s e pela Cyssa do que pelo furdunço.

Dois dias antes das goladas e saladas, bacalhau e porretadas, eu resolvi dar uma de macho e disse para a ótima companhia do dia 8 de janeiro:

  • Cyssa, os meus netos, minha filha e meus filhos pediram para eu te levar pro Rio ou pra Aruba, que esse encontro de Brasília, promete umas boas borrachadas no nosso lombo, além de umas marteladas nas nossas cabeças. Nós não somos de lá, e se nos prenderem, até chegar um deputado ou senador amigo, já teremos brincado de Lula Presidiário, por mais de 24 horas.

Meu querido Senador Marinho!  Estou confessando todo o crime que iria cometer, se não fosse a Velhice e a falta de credibilidade que os nossos líderes passam, para mim, há alguns lustros.

Fiquei surpreso com o desenrolar dos acontecimentos e acredito que muitos que lá estavam, pensaram como eu.

Se tivéssemos direita e centro fazendo política, sem picadeirismo, e estivéssemos com um pouco de sangue argentino, francês, alemão ou espanhol, essas prisões do dia 8 de janeiro, já teriam se transformado em centenas de mortes e milhares de feridos.

Eu não me imagino com dez anos no costado, por haver saído de casa para assistir a um comício, tomar uns goles e desfrutar da companhia da poetisa e cantora, que sempre me encantou. Só o Senador Rogério Marinho, PL, líder da oposição, para ter a ideia de convocar o Brasil para uma pacificação nacional.

Dr. Rogério, convoque a nação para resolver esse terrível mal-entendido. Dez a vinte anos de penitenciária por causa de um comício e umas imagens de quebradeira, até hoje, mal-entendidas?

Dr. Rogério, já passamos da hora de dar vida àqueles que foram presos pelo arraial democrático, com cara de Revolução dos Cravos & Margaridas. Convoque a direita, a esquerda e o centro. Convoque as torcidas do Flamengo, do Corinthians, do Palmeiras e até a do Vasco. Os brasileiros presos, até hoje, acusados de terrorismo e sem liderança capaz de levar qualquer movimento a qualquer lugar, só no meu Brasil.

Esses brasileiros presos, seus familiares em liberdade, amigos e partidários, não podem estar pensando coisas que possam melhorar a vida política do nosso querido Brasil.

Eu ainda acordo, pelas madrugadas, pensando na prisão, sem motivos justos, que me fizessem perder quinze anos dessa vida boa que todos os brasileiros levam, por um motivo banal ou ausência total de motivos.

Eu ainda estou magoado por não haver atendido aos apelos brasileiros da Dra. Cyssa, mas não faltarei à convocação do Senador Rogério Marinho, armado de garfo, faca e colher. Os restaurantes de Brasília serão o meu palanque.

Aquele que tentar me prender, fica sabendo, desde já, que os despachos já foram encomendados e sofrerão mais que o cavalo Caramelo, no teto da casa alagada.

Eu ficaria deveras chateado se levasse quinze anos de cadeia e o Adélio…nenhum-zinho.

Vamos juntos, Senador! Muitos argumentos e pouca política. É um caso de cidadania e a sua “catiguria”, no mundo inteiro, carece de um grama de credibilidade.

 

Roberto Caminha Filho, economista, ainda sofre pela sua prisão não acontecida.

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