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Seus filhos gostam de avelãs? (por Eduardo Fernandez Silva)

Novamente, vemos escalar as guerras em curso

atualizado

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Foto colorida de soldados ucranianos rendidos retirada de vídeo - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de soldados ucranianos rendidos retirada de vídeo - Metrópoles - Foto: Reprodução/ CNN

Muitos não sabem, pois nunca as comeram; alguns dirão ser saborosa; outros, insuportável. Em russo, avelã se traduz por “Oreshnik”, que é o nome do míssil lançado semana passada contra a Ucrânia. Analistas afirmaram que esse (perigoso) brinquedo de adultos alcança velocidade onze vezes maior que a do som!

O Putin disse usar a nova arma em resposta à decisão do Biden de permitir que a Ucrânia lançasse mísseis norte americanos de longo alcance contra a Rússia. Disse mais: afirmou, segundo o New York Times, que a guerra na Ucrânia havia se tornado mundial. Aliás, este o temor geral, ao longo da percebida escalada!

E essa guerra por procuração continua cada vez maior. As indústrias armamentistas e os marqueteiros faturam, e a população segue dopada pelas mensagens que dizem “our boys are not there”! O que já não verdade, pois os boys deles já lá estão, como especialistas em operar os novos sistemas de armas.

História similar aconteceu no Vietnam, quando a região ainda era chamada Indochina! À época, eram os enfants franceses (e vietnamitas, claro!) que morriam, enquanto o pentágono e seus sócios mentiam para a opinião pública e continuavam a faturar. A escalada que se seguiu não evitou a derrota dos EUA, apesar de muito mais poderosos financeira, tecnológica e militarmente.

Novamente, vemos escalar as guerras em curso. Quando será que os dirigentes aprenderão que a violência só gera violência, que nenhuma guerra se desenrola conforme as previsões iniciais dos comandantes, e que nunca a vitória em qualquer delas garantiu segurança perene? Mais: será que os belicosos chefes não sabem que, escalando, em breve teremos bombas atômicas explodindo pessoas nos vários continentes? Para quê? Será que já pensaram quanto suas decisões, que buscam defender o mal definido e enviesado “orgulho nacional”, custarão em termos de vidas, de destruição de infraestrutura, de emissão de gases de efeito estufa e aceleração da crise climática, e de sofrimento para as populações envolvidas?

Como pensam esses dirigentes? Será que pensam? Não teriam Putin, Biden, Netanyahu, o da Coreia do Norte, da China, do Iran, de diversos outros países, gasto mais tempo tentando adivinhar a resposta dos outros a seus atos de ampliação da violência, do que sobre como melhorar a vida dos seus povos?

Líderes corajosos precisam vir a público denunciar esses passos de crescente violência. Afora a indústria bélica e associados, e generais que, desde ainda cadetes, aprenderam a ver o mundo como composto de “amigos versus inimigos”, ninguém ganha ao final da trilha em que estamos sendo conduzidos. Nós humanos, e as demais formas de vida presentes neste planeta, precisamos antes, e com muito mais urgência, de construir amigos e paz!

Qual estadista levantará e brandirá essa urgente e necessária bandeira e, com todos os riscos, buscará repetir líderes como Buda, Confúcio, Ghandi, Cristo e vários outros, que mostraram caminhos de possíveis de paz, embora não seguidos pelos mercadores de tudo, inclusive da morte, que hoje dominam?

 

Eduardo Fernandez Silva. Ex-Diretor da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados

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