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PT/MDB: Wagner, Lula e os Vieira Lima x ACM Neto (por Vitor Hugo)

Bem ao seu jeito folgazão, Wagner assumiu o interesse de que o MDB, que atualmente integra o grupo de oposição, se junte à base petista

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José Cruz/ Agência Brasil
Jaques Wagner em audiência pública na Câmara dos Deputados
1 de 1 Jaques Wagner em audiência pública na Câmara dos Deputados - Foto: José Cruz/ Agência Brasil

O que era segredo de polichinelo, até o final de semana anterior, virou fato público e notório na reunião do comando do Partido dos Trabalhadores da Bahia, (realizada na Assembleia Legislativa da Bahia, Centro Administrativo, em Salvador) para “decisivos arranjos” (no dizer ao gosto dos chefes petistas) com vistas às eleições para o governo do estado, em 2022. No “encontro fechado” os celulares de todos foram “confiscados” na entrada, para não vazar. Na segunda-feira, a Tribuna da Bahia estampou, em sua página de Política, entrevista com o senador Jaques Wagner que tenta retornar ao Palácio de Ondina e conduziu o encontro ao lado do governador Rui Costa. O amigo do peito, e maior aliado do ex-presidente Lula no Nordeste, anunciou negociações praticamente decididas, para ter ao seu lado, no palanque, o MDB comandado “informalmente” pelo grupo Vieira Lima (os irmãos Lúcio e Geddel, em acertos de contas com a justiça, respectivamente ex-deputado federal e ex-ministro do governo do PT).

E fustigou o ex-prefeito da capital, atual secretário geral nacional do União Brasil, já em campanha para governador em 2022: “Qual o partido que cresce ao lado de ACM Neto?”

O duro confronto à vista deverá contaminar a campanha presidencial, principalmente nos palanques lulista e do neto do falecido ACM, que se prepara para outro “duelo de titãs” com os petistas (agora aliados de emedebistas), no quarto maior colégio eleitoral do País e tambor de ressonância política e eleitoral no Nordeste. Sem falar no bolsonarista inesperado, ministro da Cidadania, João Roma, que trafega nas sombras, cheio de verbas federais, também de olho no governo da Bahia.

Bem ao seu jeito folgazão, Wagner assumiu o interesse de que o MDB, que atualmente integra o grupo de oposição, se junte à base petista para 2022.

O senador adiantou mais na TB: “Nós conversamos com o MDB desde a eleição de 2018, mas não foi uma conversa para se juntar. E eu, no meu estilo, e também o governador (Rui Costa) não vamos perseguir ninguém e ter prazer em esmagar as pessoas. Eu não trabalho assim. Essa linha de destruição de adversários é a do outro lado, dos 15 anos antes da gente. (No grupo de ACM Neto é assim): para os meus amigos tudo, para os adversários, nem a lei”.

É certo que a aliança local de apoio às candidaturas de Wagner e Lula sofreu “um rude golpe” dias antes da reunião, com o vazamento da delação premiada da ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, desembargadora Sandra Inês Rusciolelli, pega pela polícia e pela justiça na Operação Faroeste, de venda de sentenças, envolvendo magistrados, advogados, servidores públicos, políticos e até o ex-secretário estadual de Segurança Pública, Maurício Barbosa, demitido do cargo, no escândalo sem precedentes no estado. Na delação da desembargadora, o senador Ângelo Coronel, aliado de Wagner, é um dos citados.

Se não bastasse, o presidente da Câmara Municipal de Salvador (primeira Câmara de Cidadania no País), Geraldo JR, reage aos arranjos. Na terça-feira, 19, ele disse que vai “lutar até o fim” para seguir com ACM Neto, aliado do MDB desde 2012. “Entendo que é o melhor para a Bahia, e já falei isso na Executiva Nacional de meu partido, através do presidente Baleia Rossi, e vou continuar lutando para que o MDB siga ao lado de Neto”. Tem mais, mas isso mostra o tamanho deste embate local, de dimensão nacional.A ver.

Vitor Hugo Soares é jornalista, editor do site blog Bahia em Pauta. E-mail:vitors.h@uol.com.br

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