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Os três erros de Bolsonaro (por Ricardo Guedes) 

Bolsonaro foi ineficiente na economia, desumano na Covid, e desordeiro na lei

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Foto colorida do Ex-presidente Jair Bolsonaro, de terno, com a mão para cima
1 de 1 Foto colorida do Ex-presidente Jair Bolsonaro, de terno, com a mão para cima - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

Bolsonaro cometeu três erros crassos em seu governo. Bolsonaro foi ineficiente na economia, desumano na Covid, e desordeiro na lei. Estes foram os três itens que selaram o seu destino.

Primeiro, Bolsonaro pegou o país com o PIB em US$ 1,9 trilhões, deixando o país com PIB de US$ 1,6 trilhões. A tentativa inicial de baixar os juros, chegando a 1,9% em 2020 na expectativa de que os atores econômicos iriam investir na economia, não funcionou, criando bolhas na área imobiliária e na bolsa de valores.  Alguns benefícios foram feitos para setores empresariais específicos e grandes empresas, mas a coletividade não foi atendida. A população empobreceu com Bolsonaro.

Segundo, o ocorrido durante a pandemia do Covid no Brasil é inacreditável. Bolsonaro adotou o extremo do negacionismo científico, recomendando hidroxicloroquina como preventivo para o Covid, remédio para malária ineficaz para vírus, então motivo de galhofa no exterior. Suas falas chegaram à “gripezinha”, “chega de frescura e de mimimi, vão ficar chorando até quando?”, “país de maricas”, em sórdida e equivocada versão da Teoria da Evolução de Darwin, da “lei dos mais fortes”. O Brasil, com 2,7% da população do mundo e 1,7% do PIB, obteve o recorde de 10,5% dos óbitos mundiais, com mais de 700 mil mortes. Um escárnio.

Terceiro, Bolsonaro tentou o golpe e as eleições ao mesmo tempo, falhando em ambas. Bolsonaro atentou contra o Estado de Direito nas festas do 7 de Setembro de 2021 e 2022. “O meu Exército”, era a expressão ameaçadora e não fundamentada que ele a si se referia. A convocação dos Embaixadores em Brasília para denegrir o sistema eleitoral brasileiro foi o turning point de sua derrocada, com a unicidade da elite brasileira contra a sua sequência manifesta pela FIESP, FEBRABAN, e nos atos da Escola de Direito da USP. Foram ataques sucessivos e infrutíferos contra o STF e as instituições brasileiras. O Exército Brasileiro, em sua posição legalista, não endossou Bolsonaro.

Adicionalmente, a tentativa de apropriação indébita das joias da Arabia Saudita, e a noticiada falsificação de documentos oficiais em relação à Vacina para Covid, encerram um quadro tenebroso e de insucesso, fim de linha para um grupo nefasto. O escárnio do escárnio. O conservadorismo no Brasil continua, mas Bolsonaro não mais voltará, como viabilidade para a Presidência da República. Deste mal não mais padecemos.

Ricardo Guedes é Ph.D. pela Universidade de Chicago, CEO da Sensus, e Medalha do Pacificador do Exército Brasileiro

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