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O conjunto da obra de Helder Barbalho (por Ronaldo Brasiliense)

Foram cinco operações da PF contra o governo Hélder Barbalho, que também sofreu seis ações civis públicas por improbidade administrativa

atualizado

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Valter Campanato/Agência Brasil
helder barbalho
1 de 1 helder barbalho - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Domingo, 02 de outubro, tem eleição no Brasil e mais de seis milhões de paraenses vão às urnas para eleger governador, vice-governador, um senador, 17 deputados federais e 41 deputados estaduais.

Nestes tempos sombrios da maior pandemia em 100 anos, sobrevivemos ao novo e letal coronavirus, ao governo neo fascista do capitão Jair Bolsonaro (PL) e à gestão corrupta e de puro marketing do governador Helder Barbalho (MDB).

Nunca antes na história do Pará a Polícia Federal havia deflagrado operações contra suposta corrupção, com busca e apreensão na mansão do governador, no condomínio de luxo Lago Azul, em Ananindeua, e no Palácio do governo do Pará.

Foram cinco operações da PF contra o governo Hélder Barbalho, que também sofreu seis ações civis públicas por improbidade administrativa movidas pelo Ministério Público do Pará.

Escândalos se sucederam na gestão de Helder Barbalho, destacando-se a compra, superfaturada, com dispensa de licitação, de 535 mil cestas básicas, por R$ 78,9 milhões, pela Secretaria de Estado de Educação, por uma empresa picareta, cuja sede funcionaria num terreno baldio em Ananindeua. A compra das cestas deu origem a uma operação da Polícia Federal no Pará.

Em plena pandemia da Covid 19, Helder Barbalho envolveu-se no escândalo da compra de 400 respiradores mecânicos imprestáveis na China, por R$ 50,4 milhões por uma empresa, a SKN, de um amigo do governador.

Mais de dois mil cidadãos e cidadãs paraenses morreram de Covid 19 em Belém do Pará entre abril e junho de 2020, justamente na época em que a negociata com a compra dos respiradores veio á tona, investigada em nova operação da Polícia Federal no Pará, que acabou com as prisões de dois secretários de Estado – Parsifal Pontes (Casa Civil) e Pádua Andrade (Transportes), além do assessor especial e.misto de secretário particular de Helder Barbalho, o advogado Luciano Nascimento.

A Polícia Federal também prendeu o secretário-adjunto de gestão da Secretaria de Saúde do Pará, o gaúcho Peter Cassol, em cuja residência os policiais encontraram um cooler (caixa térmica) com R$ 745.000,00 acondicionados.

Coube a Policia Federal revelar também a mãe de todos os escândalos do governo Hélder Barbalho, a roubalheira promovida pela quadrilha das organizações sociais contratadas por Helder Barbalho, com dispensa de licitação, para gerir os hospitais de campanha de Belém, Breves, Santarém e Marabá, além dos hospitais regionais de Itaituba, Altamira e Marabá, entre outros, num propinoduto que pode ter desviado R$ 1,2 bilhão da saúde do Pará, sendo R$ 455,5 milhões apenas pelo operador financeiro do esquema corrupto, Nicolas Tsontakis, o Gordo, até hoje em prisão domiciliar em sua fazenda.

O dinheiro que deveria combater a pandemia e salvar vidas no Pará virou helicóptero, aviões, carros de luxo, apartamentos de cobertura, fazendas e gado, muito gado.

Escândalos menores, como torrar R$ 28,5 milhões para capinar quintais de escolas por todo o Pará, ou a compra de 1.100.000 garrafas pet para envazar álcool em gel, ou mesmo o aluguel de 12 ambulâncias, pagando R$ 245 mil mensais deram origem a ações civis públicas por improbidade administrativa que até hoje dormem nas gavetas do Judiciário.

Helder Barbalho pode até se eleger no primeiro turno, neste domingo, 02, mas um dia certamente vai pagar pelo conjunto de sua obra, no Pará onde ele procura um monumento para chamar de seu.

Que fique este registro para a história.

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