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Meu sonho de consumo! (por Eduardo Fernandez Silva)

É necessário que Biden determine a imediata cessação de toda e qualquer ajuda financeira, de armas, treinamento e apoio à Israel

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Imagem colorida mostra Presidente dos EUA, Joe Biden, e primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Presidente dos EUA, Joe Biden, e primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu - Metrópoles - Foto: Debbi Hill – Pool/ Getty Images

Um grande iate, um possante carro esportivo, um SUV, um jatinho para levar amigos aos locais descolados do planeta! E muito dinheiro para esbanjar, comprando produtos de que não necessito para demonstrar meu poder de compra a pessoas de quem não gosto e, no processo, promover o enriquecimento dos acionistas das empresas que vendem objetos que promovem as desigualdades sociais e a poluição destruidora da biosfera e, pois, da vida!

Não, não sonho com nenhum desses objetos, todos eles muito mais armas de destruição em massa (ADM) em razão da poluição que causam, do que as inexistentes ADM anunciadas pela máquina de guerra dos EUA para faturar com a invasão do Iraque! Sonho com algo que possa afastar o planeta do rumo suicida em que estamos. Algo ousado, mas não irrealista.

Foram ousados muitos dos que marcaram e redirecionaram a história; Napoleão, D Pedro I, Kennedy, Ghandi, entre outros! Para conformar a história, ousadia é necessária, embora não suficiente. É o que meu sonho de consumo sugere a Joe Biden!

Como a maioria mundo afora, ele está ciente, como já deixou claro, dos absurdos crimes que os atuais governantes de Israel estão cometendo! Não é suficiente, nem construtiva, a prudência de Biden na sua tentativa de evitar a reação raivosa dos aliados daqueles citados governantes – nas finanças, na imprensa, em Hollywood e noutros “lugares de poder” – que apoiam os que tentam exterminar os palestinos. Ou, na hipócrita versão eufemística que estes utilizam, forçá-los a uma emigração voluntária!

É necessário que, com ousadia, ele, Biden, determine a imediata cessação de toda e qualquer ajuda financeira, de armas, treinamento e apoio diplomático à Israel, provocando assim o imediato fim do holocausto que seus dirigentes estão executando.

Seria isso uma traição aos seus aliados internacionais? Abandonaria, sim, o complexo industrial-militar-consumista, mas não os povos dos países aliados. Aliás, é crescente a parcela dos norte-americanos que condenam a política de Israel. Tal atitude ousada confirmaria o comprometimento do atual governo dos EUA com a defesa dos direitos humanos e sua oposição a práticas genocidas. Seria, ainda, uma aposta ousada passível de redefinir o atual curso da história e seu discurso beligerante e, ainda, ampliaria suas chances de ser reeleito, evitando os danos prováveis de um retorno, em novembro próximo, do Bolsonaro do Norte!

Seria, ainda, uma atitude coerente com as elevadas aspirações de fraternidade, igualdade e liberdade e, por fim, ajudaria a dar novo rumo ao futuro, alterando a rota suicida em que estamos a nos mover!

 

Eduardo Fernandez Silva. Ex-Diretor da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados

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