metropoles.com

Lula leva promessa de cerveja e picanha ao JN (Bernardo Mello Franco)

Ex-presidente veste figurino conciliador, exalta a dobradinha com Alckmin e evita lavar roupa suja com a imprensa

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/Tv Globo
debate candidato presidencia luiz inacio lula da silva JN
1 de 1 debate candidato presidencia luiz inacio lula da silva JN - Foto: Reprodução/Tv Globo

E Lula conseguiu levar a promessa de cerveja e picanha para a bancada do JN. De volta ao telejornal depois de 16 anos, o ex-presidente usou o palanque eletrônico para vender otimismo. Disse que a economia voltará a crescer e que os brasileiros farão muito churrasco se ele retornar ao Planalto.

Depois de um início tenso, em que foi questionado sobre a corrupção na Petrobras, o petista relaxou. Retomou as metáforas futebolísticas e até reeditou o bordão “nunca na história deste país”.

Sem modéstia, Lula citou as pesquisas que o apontaram como o presidente mais popular que o Brasil já teve. “Estou querendo voltar para ser melhor do que eu fui”, emendou, num mote que deve ser repetido à exaustão na propaganda de TV. Ao comentar as tensões no campo, ele recitou outra ideia-chave de sua sexta campanha ao Planalto: “O que nós queremos é pacificar este país”.

Para reforçar o figurino de conciliador, o petista se desmanchou em elogios a Geraldo Alckmin. Exaltou a experiência do vice, seu adversário na campanha de 2006. “Eu estou até com ciúme do Alckmin”, gracejou, ao lembrar que o ex-tucano foi aplaudido de pé num evento do PT.

Em outros momentos, fez acenos aos empresários e ao agronegócio, dois públicos dos quais tenta se reaproximar. Faltou uma mensagem para os evangélicos, segmento em que Jair Bolsonaro tem registrado forte crescimento. A gestão desastrosa da pandemia foi outro tema esquecido na entrevista.

Mesmo assim, o petista bateu forte no atual inquilino do Planalto. Referiu-se ao capitão como um “bobo da corte” que não governa: só recebe ordens do Centrão. “O Bolsonaro não manda nada”, resumiu. Ao criticar a Lava-Jato, preferiu não citar os nomes de seus algozes. Restou a Sergio Moro choramingar no Twitter. O ex-juiz desistiu do sonho presidencial e não terá direito à vitrine do JN.

Lula foi ao telejornal com um objetivo claro: conquistar votos de indecisos. Nas considerações finais, ensaiou uma investida sobre o eleitorado de Ciro Gomes. Prometeu ajudar as famílias endividadas, um dos lemas do pedetista.

Aconselhado por aliados, o ex-presidente driblou ressentimentos e evitou usar a bancada para lavar roupa suja com a imprensa. Limitou-se a dizer que foi “massacrado” e finalmente tinha a chance de se defender. Numa provocação suave, perguntou ao são-paulino William Bonner se ele havia assistido ao jogo da véspera. O Flamengo venceu o São Paulo por 3 a 1.

(Transcrito de O Globo)

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comBlog do Noblat

Você quer ficar por dentro da coluna Blog do Noblat e receber notificações em tempo real?