Caberá todos os erros do Bolsonaro na CPI do Senado? (por Tânia Fusco)
“Todo mundo (no Brasil) quer viver 100 anos, 120, 130. Não há capacidade de investimento que o Estado consiga acompanhar”
atualizado
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No good pra nós, humanos e mais mortais do que nunca. Imagino que para o Senhor também anda difícil. É pedido demais, muita conta repassada. “Se é da vontade de Deus”…
400 mil mortos não é da vontade de Deus. É arranjo do demo. Dos demos. São muitos.
Veja o Guedes, por exemplo. Ministro da Economia no pedaço do mundo que mata 2000 por dia só da Covid 19. Ele, demozinho esquisito, ansioso, com tiques de boneco de teatro de marionetes, do nada, proclama: “Todo mundo (no Brasil) quer viver 100 anos, 120, 130. Não há capacidade de investimento que o Estado consiga acompanhar”.
Sem dizer claro, disse: Esse povo tem que morrer muito e logo pro Estado poder dar conta das contas públicas, que ele, o capiroto agitado, prometeu, mas não consegue administrar.
Pandego? Não, não, não. Um coisa ruim mesmo, travestido de humano cinicamente cruel que acha bom o dólar (bem) alto para evitar o luxo de qualquer empregada doméstica ir a Miami/USA.
Figura feia por dentro e por fora, o belzebu da economia fica pistola com o programa social que “banca até o filho de um porteiro” em universidade privada. E, pasme, Senhor dos Céus, o satã não fala por ele só, não. É voz de milhares de tinhosos que pensam e agem assim.
Século 21? Pra eles não. Vivem nas trevas. E trevas não têm calendário.
God, não tá nada good. Não há Deus-me-livre que nos livre deles. A capetada que, de tão indecente, dificulta achar o adjetivo preciso para defini-la, governa o Brasil nos tempos da pandemia.
Pense o sufoco?
O país à míngua, implorando vacina, e o mesmo excomungado da economia, desqualifica a China, ainda nossa maior fornecedora de imunizantes.
Repete o demo chefe – que, pasme, tem nome de Messias – e diz que a China “inventou” o corona vírus e, agora, produz uma “vacina menos eficiente” do que a dos americanos.
A tal “vacina ineficiente” é, até agora, a mais usada na imunização de pouco mais de 15% da população que recebeu a primeira dose. São duas. A segunda tá em falta.
Acha pouco?
Um ano atrás, em reunião ministerial, mesmo chavelhudo prestou contas de suas habituais maldades: “Nós já botamo (sic) a granada no bolso do inimigo”. Falava de pretendido congelamento salarial por dois anos. O “inimigo”, no caso, são os cerca de 11 milhões de servidores públicos federais, estaduais e municipais do país e os 34 milhões de seus familiares, segundo média da composição familiar estimada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Aliás, bom lembrar: de ruinzeza em ruinzeza, nem o IBGE vai poder realizar o Censo Nacional que permite retratar e estimar particularidades da população brasileira.
Nenhuma novidade. É tudo velho. E espantosamente corriqueiro. Inclusive a matança que disparou neste ano.
É maio. Contamos e choramos mais de 400 mil mortos. Eles lavam as mãos em sangue. Sem constrangimentos. Como pode perceber, com o prazer característico dos demônios.
Para azeitar as contas públicas nem mais precisaram das balas das milícias.
A receita foi simples: duvida do vírus, tira a máscara, abre tudo, lota hospital, esconde oxigênio, dá um perdido nas vacinas e passa a conta pra Deus – no caso, Vossa Excelência.
Caberá tudo isso na CPI do Senado? Benza Deus.
Por enquanto, sinto informar, a turba de lúciferes escapou do seu controle. Chegou na pele de miliciano, infiltrou-se nas quebradas do Rio de Janeiro e, de gato em gás, ganhou forma e fôlego na Barra da Tijuca. No voto, tombou o Brasil.
Maior do que um cabo e um soldado, juntou capitão, generais de pijamas, outros nem tanto, gado com seus boiadeiros, uns sertanejos, mais um bonde de gente – nada santa, de bíblia na mão. Todos de verde amarelo no corpo.
Sabe o Doutor Jairinho, esse ai que era vereador e torturava criancinhas até matar uma delas? Então. É do grupo. Ô só o calibre da tropa?
Em Vosso nome, tem muito diabo fazendo o diabo. E não têm recuperação. Não existe ex-diabo, existe?
Exorcismo funciona? Porque tá puxado, viu? Infernal mesmo.
Tânia Fusco é jornalista