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Crise só interessa ao Premier (por Mirian Guaraciaba)

Netanyahu quer taxar o Presidente do Brasil de antissemita. Mentira

atualizado

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Ricardo Stuckert/Presidência da República; Kena Betancur/Getty Images
O presidente Lula e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu
1 de 1 O presidente Lula e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu - Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República; Kena Betancur/Getty Images

Para começar, Lula não usou a palavra “holocausto”. Falou em genocídio (extermínio intencional de grupos específicos) praticado por Israel numa reação absolutamente desproporcional ao ataque do grupo terrorista Hamas, em 07 de outubro. Já são quase 30 mil mortos na Palestina – milhares de crianças assassinadas. Agora, ameaça atacar o Sul de Gaza.

O governo de Israel pratica genocídio. É claro seu propósito, sob o artificio de combate ao terrorismo do Hamas. O que disse Lula? “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”.

Patrão de um governo terrorista, Benjamin Bibi Netanyahu fez questão de estabelecer uma crise com o Brasil, a partir das declarações de Lula. Escalada. Na manhã de ontem, humilhou publicamente o embaixador brasileiro em Tel Aviv. Em seguida, declarou que Lula passou a ser “persona non grata” em Israel.

Lula não pensa em desculpar.

Lula se destaca na comunidade internacional e fala o que outros líderes pensam. Netanyahu está cada vez mais isolado. Até os EUA, seu aliado de sempre, elevou o tom de condenação aos ataques israelenses. França, Italia, Inglaterra, Vaticano, Africa do Sul e outras dezenas de países denunciam publicamente as atrocidades de Netanyahu. Lula não precisaria citar Hitler. Mas como ele sabe o que faz, referiu-se ao tirano e pôs o dedo na ferida do beligerante Netanyahu.

Enquanto isso … no Rio de Janeiro

Crescem e se espalham de forma assustadora braços e pernas do crime organizado. A rivalidade entre bandidos do Comando Vermelho e Terceiro Comando Puro aflorou no cartão postal da cidade maravilhosa. Nas areias das praias de Copacabana e Leme, foram registrados nos últimos dias episódios de brigas, espancamentos, relacionados com tais facções. Isso é Zona Sul.

Na Muzema, Zona Norte, traficantes da maior facção criminosa do Rio, invadiram territórios controlados pela milícia. Cerca de 30 homens fortemente armados, que seriam da favela do Mandela, em Manguinhos, invadiram a favela na ultima sexta, dia 16. Moradores em pânico. Nenhuma ação policial.

Mirian Guaraciaba é jornalista               

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