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Coincidências do Hitlerismo (por Ricardo Guedes)

Os modelos de Hitler, Stalin e Maduro, são males a serem evitados

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Ditador alemão Adolf Hitler
1 de 1 Ditador alemão Adolf Hitler - Foto: The Print Collector/Print Collector/Getty Images

O fascismo não tem ideologia, mas o objetivo do poder contra tudo e contra todos. É um método desprezível e repugnável, que levou a humanidade aos seus mais sombrios tempos. Na simbologia de Miguel Unamuno, reitor da Universidade de Salamanca durante a Guerra Civil Espanhola, abajo la inteligência, viva la muerte!

O fascismo baseia-se em dois elementos, a intimidação e a mentira. Nos ditos de Hanns Johst na Alemanha Nazista, quando escuto a palavra cultura, eu pego na minha arma. E na reafirmação de Goebbles, uma mentira dita mil vezes vira verdade.

A ascensão do Nazismo na Alemanha foi constituída de dois elementos. Primeiro, a existência de condições sociais de deterioração na nação, que possibilita a surgimento de líderes autoritários que apontam para soluções contra o status quo, o salvador da pátria. Segundo, no discurso do ódio, que concatena a horda iliterata das classes médias antes sem voz, na suposição de inimigos internos e externos à nova ordem que há de vir.

Após a derrota na 1ª Guerra Mundial, a Alemanha foi submetida ao Tratado de Versailles, com valores inexequíveis de indenização aos Aliados. Em 1922, o governo alemão emitiu moeda para o pagamento da dívida gerando a hiperinflação, onde um pão chegou a custar bilhões de marcos em Berlim.

Hitler, austríaco, de formação secundária, lutou pelo exército alemão na 1ª Guerra Mundial, sendo ferido e condecorado. Em 1922, juntou-se ao Partido Nazista em sua fundação, sendo preso neste ano de 1922 após sua participação na tentativa de golpe de estado a partir de Munique. Na prisão, escreveu Mein Kampf, contra o comunismo e com teses racistas contra a comunidade judaica, de importância na Alemanha na economia, ciência, literatura, artes e música.

Em 1932, o Partido Nazista foi eleito para o Parlamento com 31% dos votos do total do eleitorado, o Partido Social Democrata com 18%, o Partido Comunista com 12%, o Partido do Centro com 11%, outros partidos com 7%, com 21% de abstenção, bancos e nulos. Em 1933, Hitler foi apontado como Chanceler da Alemanha, sendo alçado em 1934 à posição de Der Fuher, o Lider, suprimindo os direitos políticos das oposições e intimidando da elite econômica, com a ocupação de cargos-chave no Governo, no Judiciário, e nas Polícias de Estado. Em 30 de junho de 1934, na Noite das Facas Longas, Hitler com a SS eliminou as forças divergentes de Rohm e da SA dentro do próprio Governo e do Partido Nazista, matando a maioria de seus líderes. Em 9 e 10 de Novembro de 1938, na Noite dos Cristais, morreram 90 Judeus, 30 mil presos sendo 7 mil empresários, 267 Sinagogas danificadas. A sequência drástica todos nós sabemos, da guerra e do holocausto.

As circunstâncias históricas não se repetem, mas a coincidência de paradigmas sim. Os modelos de Hitler, Stalin e Maduro, são males a serem evitados.

Ricardo Guedes é Ph.D. pela Universidade de Chicago e CEO da Sensus

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