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Brincando de banco: imobiliário ou central? (por Roberto Caminha Filho

Eita pau! A ladeira está nos acelerando.

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1 de 1 imagem colorida Fachada de prédio do Banco Central do Brasil focus - Metrópoles - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

Houve um tempo em que brincávamos de Banco Imobiliário em substituição ao Jogo de Damas e ao Jogo de Firo. Foram as primeiras passadas para que a minha geração começasse a tomar consciência de que a vida era um pouco mais dura para quem gastasse mais do que ganhava. O jogador perdia tudo e o dinheirinho, murchava tanto, que de tão pequeno, desaparecia e o jogador saía do jogo e levava uns cascudos. Crescemos e os melhores treinadores do Brasil eram: o Careca mineiro, Magalhães Pinto e os paulistas Amador Aguiar e outros “profissas”.

Essa é uma questão interessante e complexa, mas vamos brincar de Banco Central, aquele que toma conta da nossa moeda e Ministério da Economia, que não sabemos, ainda, do que toma conta! Em um país que gasta muito e mal, algumas estratégias importantes podem ser colocadas para tentar diminuir os riscos de uma gestão fiscal irresponsável. Aqui vão algumas sugestões para ambos os jogadores desse joguinho de Banco se divertirem e os meus conterrâneos, do lar, aprenderem o que falam na TV:

Banco Central

1.        Política Monetária Restritiva (Acocho Responsável)

◦       Aumentar os juros: Se os gastos excessivos gerarem inflação, o Banco Central pode subir a taxa de juros (taxa básica) para conter a demanda agregada e segurar a inflação. Aumentando a taxa de juros, os pedintes de dinheiro, se apavoram e procuram segurar os seus gastos no mercado.

◦       Controlar o crédito: Restringir a expansão de crédito ao consumo e aos investimentos que possam pressionar ainda mais os preços. Se deixar o crediário multiplicar o número de prestações, os juros, sempre crescentes, passaram de três prestações para a compra de um televisor, para vinte e quatro prestações e a loja passará a ter um banco próprio e ganhará na venda do aparelhos e nos juros da sua própria casa de crédito. Lucro é sempre bem-vindo e ninguém é de ferro. Quando você for ver o preço do televisor, ao final de dois anos, ele será quase o dobro. É assim que surge a danada da inflação.

2.        Supervisão Bancária Rigorosa

◦       Acompanhar de perto os bancos e o sistema financeiro para evitar que empréstimos excessivos ao governo sejam feitos sem garantia adequada. E nós vemos todos os governos pedindo empréstimos e dizendo que será fácil o seu pagamento. O que não dizem é que o cidadão, na sua batalha do dia-a-dia, que pagará esse “esforço supremo” do prefeito, governador ou presidente de ir às entidades, nacionais e internacionais, pegar esse castigo para  furar nossos bolsos, sem melhorar as nossas condições de vida.

3.        Independência Institucional

◦       Garantir que o Banco Central continue “independente”, protegendo-o de “interferências políticas” que possam enfraquecer as decisões monetárias necessárias. Se não souber o que é Independência, pode copiar a Independência do FED, o banco central americano. Eles erram menos e não copiaríamos os erros.

4.        Política Cambial

◦       Proteger a moeda local: Se os gastos governamentais (distribuição de bondades) afetarem a confiança externa, o BC pode intervir no mercado cambial para evitar desvalorizações excessivas. Estamos passando por esse momento de “muitas bondades” e desvalorização do nosso REAL frente ao dólar. Que coisa mais infantil, errar nesta aula.

 

Ministério da Economia

1.        Reformas Estruturais

◦       Implementar reformas que limitem os gastos públicos, como teto de gastos, ajustes previdenciários e reforma administrativa para reduzir desperdícios e excessos de bondades.

2.        Gestão da Dívida

◦       Alongar prazos: Refinanciar a dívida pública em prazos mais longos para reduzir a pressão imediata de pagamento.

◦       Taxas controladas: Buscar financiamentos com taxas de juros mais baixas, reduzindo o peso do serviço da dívida.

3.        Orçamento Responsável

◦       Exigir que os projetos tenham análise de custo-benefício detalhada.

◦       Vincular o aumento de gastos a fontes seguras de receita, evitando déficits primários excessivos. Traduzindo Deficit Primário: é a diferença entre as despesas governo e de tudo que este mesmo Governo conseguiu arrancar dos nossos bolsos. O Deficit Primário não conta com o pagamento com os juros da Divida Publica ou correção monetária. Uma fonte de inspiração.

4.        Incentivo à Produtividade Priorizar investimentos que aumentem a produtividade, como infraestrutura, educação e tecnologia, em vez de gastos de curto prazo que não trazem retorno.

 

Medidas Conjuntas

1.        Adoção de Regras Fiscais

◦       Criar mecanismos automáticos de ajuste, como limites para o endividamento público ou gatilhos que cortem gastos em caso de crise fiscal.

2.        Transparência e Prestação de Contas

◦       Publicar regularmente relatórios de gastos e metas fiscais, para que a população e o mercado confiem nas medidas.

3.        Educação Financeira e Política

◦       Trabalhar na conscientização da população sobre a importância de políticas públicas responsáveis, para criar pressão por reformas e melhores práticas de gestão.

É importante nunca esquecer o pensamento do Grande Everardo Maciel:“Para cada centavo de bondade, temos que criar um centavo de imposto, porque ninguém dá um centavo de doação para o Estado”.

O que nós temos é que sonhar em ter uma Angela Merkel, a dura alemã, ou Margareth Thatcher, a inglesa de ferro, em Brasília, morando no Alvoradinha, pagando um salário mínimo de aluguel, pagando sua cachaça, vodka e whisky.

 

Roberto Caminha Filho, economista, nunca viu imposto acabar ou diminuir, em país terceiro mundista. Eita pau! A ladeira está nos acelerando.

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